segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Iggy Pop


Colapso


Sobre a possibilidade da chegada de uma crise económica brutal, Tyler Durden afirma que "nenhum dos colunistas idiotas do New York Times parecem notar que a economia global está-se afundando". Já em coma, "acendem-se bombas de fragmentação padronizadas através do sistema financeiro"

Nervos republicanos


Com a esperada vitória de Donald Trump amanhã na Super Tuesday, a chance de ser nomeado é de 80%. As tensões estão crescendo dramaticamente dentro do establishment republicano. Como relata o Finantial Times, muitos republicanos tradicionais acreditam que o desconcertante magnata vai lutar para vencer Hillary Clinton. Tal é o desespero que alguns republicanos até já admitem votar na candidata democrata. Um comentador conservador afirmou: "estamos à beira de um colapso real do partido republicano". Também os neocons (neoconservadores) se mostram preocupados. O historiador Robert Hagan, um dos intelectuais apoiantes da guerra do Iraque e defensor de uma intervenção militar na Síria, anunciou no Washington Post que se Trump for nomeado, "a única opção será a de votar em Hillary Clinton". Também Max Boot, escreveu no Weekly Standard que " a presidência Trump representaria a sentença de morte da América como uma grande potência". De facto Trump defende America inside. Nada de se envolver em conflitos.

Um corpo Pop


Na semana passada, Iggy Pop posou como um modelo nu para uma classe de desenho na New York Academy of Art. Organizada pelo britânico Jeremy Deller, conhecido pelos projectos de grande escala, a aula de desenho esteve a cargo do professor Michael Grimaldi com a participação de 21 artistas especialmente seleccionados e que suposdtamente representam a diversificada comunidade artística de Nova Iorque. "O corpo sempre esteve na base do ensino e da história de arte", afirma-se no comunicado de imprensa. Todos os desenhos serão exibidos numa exposição com o título de Iggy Pop Life Class  no Museu de Brooklyn bem na próxima tour do músico pelos Estados Unidos.

Paper

Lena Dunham é capa da Paper Magazine que inclui nesta edição de Março um artigo sobre a angústia das "raparigas" Millennial na defesa de causas feminista., Representam a cultura pop actual, o que significa com preocupações sociais levezinhas. Na verdade, a sexualidade deixou de ser tabu.

Gostei



Do elegante vestido e discreto vestido preto de Jennifer Gardner com a assinatura do Atelier Versace. Da silhueta sofisticada de Naommi Watts moldada num Armani Privé. De verde esmeralda, Rachel McAdams optou por um sensual modelo do Getty Atelier. A contrastar com as cores quentes-azuis, vermelhos ou amarelos-a esfíngica Rooney Mara usou um modelo Givenchy entre o branco e o pérola rosado.

Sandy Power


Gostei da atitude de Sandy Powell na passadeira vermelha dos Oscars. A figurinista britânica, que trabalhou no filme Carol, fez um tributo a David Bowie. Vestiu-se como o músico recentemente falecido. Fato de brocado em tons de verde com desenhos geométricos, calças à boca de sino e o cabelo alaranjado. Distinguiu-se assim daquela moda chamada "normal" que vemos na red carpet. A designer de renome mundial já teve 12 nomeações e ganhou 3 estatuetas douradas.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Fondazione Prada


A Fondazione Prada, situada em Milão, inaugurou um exposição intitulada To the Son of Man Ate the Scroll com a curadoria de Goshka Macuga, uma artista polaca que trabalha em diferentes áreas. Transita entre escultura, instalação, fotografia, arquitectura e design. Para esta mostra, que se mantém em cartaz até 19 de Junho, ela reuniu uma série de obras contemporâneas que discutem as preocupações da humanidade. Tempo, começos e fins, colapsos e renovações.

Jared Leto


Jared Leto, depois de ser o rosto da nova campanha do perfume da Gucci, protagoniza agora a imagem da marca de óculos Carrera. Para divulgar a nova linha intitulada Maverick, o actor e músico foi fotografado em Los Angeles num estilo casual. Com camisa de xadrez vermelho e negro, t-shirt, jeans e sapatilhas. Os cliques são de Alasdair McLellan.

O traste


Alain Urbach, um engenheiro aposentado do sul da França, perdeu todas as suas economias na empresa LSK que pertencia à dupla Dominique Strauss-Khan e Thierry Leyne. Já entrou com uma queixa contra a versão do ex-director do FMI que alega não saber nada das manipulações financeiras de seu parceiro. A questão assombra aqueles que perderam o seu investimento no fundo, deixando um buraco de 100 milhões de euros. Após o suicídio de Thierry Leyne em 23 de Outubro de 2014, eles descobriram que o financeiro franco-israelita praticava acrobacias, digna de um Madoff. Seduzia novos clientes para satisfazer as dívidas acumuladas ao longo do tempo. O queixoso acusa Strauss-Khan de "quadrilha organizada, fraude, abuso de confiança e divulgação de informação enganosa na Euronext Paris".

Membros do ISIS


Segundo o Daily Mail, dois membros do chamado ISIS Beatles, liderados pelo carrasco do grupo terrorista Jihad John, foram identificados. Um dos homens é Alexanda Kotey que afirmou, a partir do Shepherds Bush, ter participado no comboio de ajuda a Gaza organizada pelo ex-MP britânico George Galloway. Com Aine Davis, nascido em Hammersmith, frequentava a mesma mesquita onde conheceram Mohammed Emwazi mais conhecido como Jihad John. Ambos os extremistas trabalharam como guardas prisionais que atormentavam os presos estrangeiros numa prisão Estado Islâmico da Síria. Uma investigação conjunta do Buzzfeed e do Washington Post  encontrou a família destes tenebrosos rapazes. Os investigadores acreditam que Davis era um membro de confiança no círculo íntimo do grupo terrorista, acusado de organizar ataques no exterior. Uma fonte turca considera-o uma figura com altas responsabilidades dentro do Estado Islâmico. Antes de fugir do Reino Unido foi condenado seis vezes por posse de cannabis e também por envolvimento nos círculos de gangs, onde ele era conhecido como Biggz. Não  se sabe ao certo quando se converteu ao islamismo e adoptou o nome Hamza. Quando a polícia invadiu a casa da sua mulher, o iPod dele revelou que costumava ouvir palestras de clérigo radical americano Anwar al-Awlaki. (Na foto em cima vemos Kotey de 32 anos e na segunda Aine Davis com o dedo no ar).

Os Oscars



A famosa estatueta do Oscar ganhou algumas pequenas mudanças nesta entrega de prémios de 2016. As principais alterações são o material e as feições dos troféus, além da empresa que fabricava os desde 1982. As cobiçada peças eram feitas pela R.S. Owens, em Chicago, e desta vez ganharam forma na Polich Tallix, em Nova Iorque. Acho que combinam lindamente com este vestido queimado que foi concebido por Jeremy Scott, o director criativo da Moschino. Quem se atreve a usá-lo?

Manipulação televisiva


A revista francesa Le Point dedica doze páginas a Donald Trump. Publica detalhes sobre a fortuna pessoal do magnata do imobiliário embora ninguém pareça concordar sobre o montante exacto. Vale 2, 4,5 ou 10 biliões de dólares? Mas vale a pena ler o artigo do escritor Richard Ford onde garante que o candidato favorito nas sondagens dos republicanos nunca será presidente dos Estados Unidos. Mas, a análise que considero mais interessante sobre o mediático espectáculo das eleições americanas é a de João Lopes no jornal Diário de Notícias. "O exercício contemporâneo da política tornou-se predominantemente televisivo, muitas vezes integrando as linguagens mais estereotipadas e infantis da própria televisão", afirma o critico de cinema. É verdade, só assim se percebe o sucesso de Marcelo Rebelo de Sousa ou de Catarina Martins, uma nulidade patética que aspira a entrar na pobreza do sistema instituído da política portuguesa. Aquilo é de esquerda, tal como eu a entendo? Citando Guy Debord, que continua a ser uma das minhas grandes referências: " O carácter tautológico do espectáculo decorre do simples facto dos seus meios serem, ao mesmo tempo o seu fim. É o sol que nunca se põe no império da passividade moderna".

Colapso do xisto


Segundo Zero Hedge, nos últimos meses a realidade de Silicon Valley parece não ser nada luminosa. O Wall Street Journal, com humor, descreveu assim o ambiente: " O humor ali é como aquele momento depois do Titanic ter chocado com um icebergue". Algumas empresas estão levantando os fundos através da venda de acções a preços mais baixos do que em operações anteriores. Isto pode desencorajar os funcionários que são muitas vezes pagos com acções. "Era trabalho duro, capital de risco seguro e ficar rico. Mas o outro lado da equação está reaparecendo...A ressaca da festa está ao virar da esquina. Avista-se já a segunda bolha da economia em movimento". Como o TechCrunch confirma as demissões já chegaram. O Credit Suisse estima que cerca de 250 mil trabalhadores no sector da energia-xisto estão recebendo avisos de demissão por atacado. Portanto, sem dúvida, que vamos assistir em breve a outra crise mundial.

Revistas de Março



Vale a pena ler. Como o Estado Islâmico se tornou global na Newsweek. Os chefes mafiosos do chamado Partidos dos Trabalhadores na Veja. Um portefóleo sobre as nomeadas ao Óscar de melhores actrizes na Vanity Fair.

Martin Creed



Em Maio, Martin Creed vai iluminar a beira-rio de Brooklyn com uma gigantesca escultura de néon vermelho intitulada Understanding. Do outro lado do East River, os habitantes de Manhattan conseguem ver a obra que foi encomendado para o Pier 6 da Brooklyn Bridge Park pelo Public Art Fund. Os visitantes podem ficar de pé ou sentar-se debaixo da escultura sobre um pedestal. Vencedor do Turner Prize, o celebrado artista britânico também é músico. Já lançou vários álbuns, incluindo Mind Trap (2014) que integra canções e peças instrumentais para orquestra.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A cultura do bagel

Nouriel Roubini: "U.S. Economy Slowing Down. Fed Might Have Made a Mistake". O famoso economista diz que a economia está a abrandar e que a Reserva Federal pode ter cometido um erro. Pois é! Mas parece que os políticos europeus e os meios de informação, talvez pela sua ignorância atávica, não se preocupam com esses pequenos "detalhes".

Dívida canadiana


Já começaram  as criticas à "irresponsabilidade financeira" de Justin Trudeau. "Está a cometer um crime de lesa-cidadão", escreveu Nathalie Elgrably-Levy que ensina economia na HEC Montreal desde 1992. Lawrence Shembri, o vice-governador do Banco do Canadá, lançou na quarta-feira um grito de alarme sobre a dívida das famílias que representa uma "significativa vulnerabilidade da economia". Entretanto Ottawa anunciou um défice de 18,4 biliões de dólares que pode ir até aos 30 biliões, se levar em conta os gastos com infraestruturas. De acordo com o governo, essa dívida deve promover o crescimento e a criação de emprego. Conclusão: fazer dívida pública para estimular a economia. É de bradar aos céus. Num momento em que a crise do petróleo  mergulhou o país numa profunda depressão.


Ava Smith


É lindíssima. A beleza do cruzamento de várias culturas. Ava Smith, americana nascida em Chicago, é uma modelo cotizada no mercado da moda. "Só pelo facto de uma mulher se presentar a umas eleições não significa que seja o melhor candidato", afirmou numa entrevista.

Fracasso


Segundo Zero Hedge a reunião dos G 20 foi mais um fracasso. Com uma agenda para reavivar o crescimento global, afastar a economia da crise de deflação e acalmar os mercados que estão à beira de um ataque de nervos. Mas o comunicado emitido no final da cimeira de dois dias é "brando e genérico". Uma repetição de promessas vazias para evitar desvalorizações cambiais competitivas e manter políticas monetárias destinadas a apoiar a actividade económica e a estabilidade de preços. A declaração também reconhece os riscos geopolíticos e uma potencial 'Brexit' a juntar-se à lista de preocupações. "Os riscos das vulnerabilidades aumentaram devido aos fluxos de capitais voláteis e à queda das commodities. A política monetária por si só não pode levar a um crescimento equilibrado...". 

Moschino




Para já, para já. Acho a mensagem de Jeremy Scott tão pirosa que acaba por ser divertida. A colecção de outono-inverno 2016/17 do director criativo da Moschino parece saído de um filme americano dos anos 80. Peças de couro negro, sugerindo actividades sado-masoquistas combinam com jeans, tecidos brilhantes, laços volumosos. A referência ao smoking, o clássico feminino da Yves Saint Laurent, esfarrapado e queimado pelo fogo, levou os espectadores ao delírio. Um desfile delirante com mulheres enfiadas em candeeiros e outros artifícios fora do contexto habitual da moda.

Hey, QT


Hayden Dunham


A artista americana Hayden Dunham apresenta até 17 de Abril uma instalação intitulada BIO:DIP nos estúdios da Red Bull em Nova Iorque. Nascida em Austin (Texas) tem 28 anos e uma criatividade fascinante. Considera que as repercussões biológicas da condição humana actuais são mais relevantes do que as emocionais. As nove esculturas expostas integram produtos químicos, minerais e outras substâncias. Explora uma realidade que funciona a nível molecular. "Quando comemos, bebemos e respiramos há trocas que não conseguimos ver. Só nos apercebemos delas quando nos sentimos desconfortáveis", afirma. Começou a interessar-se pelss transições entre estados sólidos e líquidos quando visitou a Islândia em 2011. Pesquisou a lava dos vulcões e também os reservatórios de água mineral. Estudou na Gallatin School. Talvez isso explique porque incorpora múltiplas identidades. A mais famosa é o projecto de música pop QT (Quinn Thomas).

Yoko Ono internada


A revista Page Six noticiou ontem que Yoko Ono tinha sido levada às nove da noite para o hospital Mount Sinai de Manhattan com sintomas de acidente vascular cerebral. Mas Elliot Mintz, o porta voz de longa data da artista, confirmou o internamento da viúva de John Lennon mas dizendo tratar-se de uma gripe. Nada de grave. Mais tarde o filho Sean Ono Lennon acalmou os fãs dizendo no twitter que os rumores da imprensa não tinham consistência, pois tratava-se apenas de "desidratação e cansaço".  Na foto em cima vemos Yoko, impecável nos seus 80 anos, durante a abertura da sua exposição no Museo Memoria y Tolerancia do México. Com o título de Terra de Esperanza inaugurou no dia 2 de Fevereiro.

A pose do esquilo


É tão encantadora esta fotografia da sueca Geert Weggen que nos faz reconciliar com o mundo. O curioso esquilo de visita a um jardim.

Capas de revistas



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Marc Faber


Marc Faber: "A visão da maioria dos bancos centrais é que, se a taxa de juros for cortada, a economia vai responder positivamente. Mas isso está longe de ser certo. As taxas de juros proporcionam rendas aos poupadores. Então, se tiver zero de taxa de juro os poupadores, a indústria de seguros e os fundos de pensão estão sendo prejudicados. Isso deveria ser muito claro. Ora, as taxas de juro caíram abaixo de zero. As pessoas sentem-se inseguras... e tendem a poupar mais. Assim, a visão de que as taxas de juros mais baixas estimulam o crescimento é muito questionável..."