terça-feira, 29 de novembro de 2011

Irmãos Coen


Os irmãos Joel e Ethan Coen vão fazer um filme sobre a música folk no ambiente de Nova Iorque dos anos 60, marcado pelo movimento da beat generation que surgiu na Greenwich Village. Esta película com o título de Llewyn Davis é baseada na vida do lendário músico Dave Van Ronk. Interpretada por Justin Timberlake só deve estrear em 2013.

Jeffrey Sachs


Repito. Identifico-me com o pensamento do economista americano Jeffrey Sachs que figurou na lista das pessoas mais influentes do mundo da revista Time. Critica o sistema político dos Estados Unidos e a crise moral das sociedades onde a indústria do marketing e a televisão funcionam como "dark arts of manipulation". Coloca-se numa posição oposta a Paul Krugman, quando este defende o gasto para estimular a economia. Também não concorda com as teorias de James Galbraith que desvaloriza os défices. Na Conferência do Rio de Janeiro sobre a defesa do planeta afirmou que seria bom reconhecer duas décadas de fracassos no campo ambiental e assumir que o mundo não tem resposta para a crise. "Todos os líderes gostam de ficar na foto de família mas não querem enfrentar a realidade...Gostamos mais de ilusões mas chegou o momento de enfrentar a realidade", sublinhou. Sem dourar a pílula disse que o etanol extraído do milho não fazia qualquer sentido e que as energias renováveis ainda não são economicamente viáveis. Defendeu ainda que o debate do nuclear precisava de ser mais estruturado. Sobre a Grécia: "Ou os parceiros da zona euro encontram uma solução a longo prazo ou os desordeiros das ruas de Atenas acabam por empurrar de vez o sistema político para o abismo financeiro".
Jeffrey Sachs já ajudou, com imenso sucesso, a negociar as dívidas soberanas de países como a Polónia, a Bolívia ou a Nigéria. Mas acha que a Grécia, situada num patamar superior de desenvolvimento, é uma situação diferente. Propõe juros baixos na ordem dos 2% que permitem aos gregos pagar a dívida em 20 anos, sem entrar em defaut. Haveria ainda um fundo disponível do Banco Central Europeu para pagar aos credores no caso da Grécia não cumprir os compromissos. Obviamente que também se aplica a Portugal.

Os economistas



Incapaz de prever a inflação acompanhada de estancamento nos anos setenta ou de diagnosticar a recuperação do crash nos oitenta, a ciência económica sofreu uma quebra de prestígio. Os erros dos economistas, que viveram um período glorioso na década de sessenta, devem-se em parte a lacunas agravadas pelo dogmatismo, a falta de modéstia e uma frequente incapacidade de convencer. Milton Friedman advertiu os keynesianos de que não há intercâmbio possível entre a inflação e o desemprego. Isso só traria mais inflação e mais desemprego. Foi exactamente o que sucedeu nos 70. Agora, nesta fase difícil que atravessamos, cada cabeça sua sentença. Até há leigos na matéria como Mário Soares a dar palpites. Associo-o sempre aos jogadores da bisca lambida que frequentam as sociedades recreativas. Dizem umas bocas, alvitram soluções, nunca falam verdade. Estive a ler um artigo de Jeffrey Sachs, actualmente director da Earth Institute da Columbia University (New York). Em "Let`s save the eurozone from itself", este prestigiado economista diz que a zona euro pode e deve sobreviver, mas não sobreviverá se continuar a seguir a corrente trajectória. Estou muito em sintonia com o seu pensamento, pondero mesmo comprar o livro The Price of Civilization que publicou recentemente.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

David Van Ronk

Isabel Muñoz


A fotógrafa espanhola Isabel Muñoz (Barcelona, 1950) explora as possibilidades expressivas do corpo feminino. Aqui vemos uma imagem da série Danza Cubana.

Arte Lisboa





Quando há 42 anos, um pequeno grupo de galeristas e coleccionadores criaram a primeira feira de arte contemporânea em Basileia não podiam sequer sonhar com o processo que estavam desencadeando. Desde então a arte passou por diversas fases, umas vezes no auge e outras afectada pelas crises. A proliferação de feiras, mais ou menos internacionais, favoreceu sem dúvida a divulgação da arte que até aí só chegava a um público restrito, mas ultimamente tudo se banalizou. As feiras tornaram-se uma espécie de centros comerciais. Cá no burgo, com a economia a bater no fundo, celebrou-se mais uma edição da Arte Lisboa onde se notou a ausência de muitas galerias de primeira linha. Era visível o "empobrecimento" do evento, apesar de Ivânia Gallo, a directora da feira, me ter garantido que os galeristas se mostravam satisfeitos com as vendas. Ainda bem.

domingo, 27 de novembro de 2011

Wine Show




Vinhos premiados e estética combinam. Modelos equilibradas em saltos impossíveis animavam o Espaço Moda Experience de Fátima Lopes.

Iguarias nacionais




Durante o fim de semana cumpriu-se mais uma edição do Porto e Douro Wine Show. No Convento do Beato cinco dezenas de produtores apresentaram os seus vinhos. Na área dos produtos gourmet lá estavam a Zira Cadaval e o Rui com as suas fabulosas compotas e bolachas. Na banca ao lado, o incansável José Saldanha Rocha mostrava os saborosos presuntos, queijos e paios de Mação, o município de que é presidente. Tudo muito apetecível.

To Hitch


Brindemos a Christopher Hitchens, um dos meus escritores favotitos. Gosto da sua liberdade de pensamento e da sua arrogância perante a mediocridade das cabeças formatadas. Está a enfrentar a morte como o guerreiro que sempre foi.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mulheres em risco


Assinalar o 25 de Novembro. Dia Internacional da eliminação da Violência contra as Mulheres. Este cartaz elaborado em 2008 pela agência americana Arnold Woldwide para a ONG italiana Telefono Donna não perdeu a força nesta época de pensamentos débeis.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fluor magazine



Com os olhos fechados se descansa. Com os olhos fechados se sonha...

domingo, 20 de novembro de 2011

Boas ideias


"Inspiração é para amadores. Todas as boas ideias surgem durante o processo de trabalho..." (Chuck Close)

Michel Houellebeq


Acabei de ler "O Mapa e o Território" de Michel Houellebeq, o único escritor francês da actualidade que mexe comigo. Mais do que uma sátira sobre o mercado da arte onde se encaixam figuras que funcionam como marcas (Jeff Koons, Damien Hirst ou Murakami), esta obra examina a sociedade contemporânea, até mesmos questões relacionadas com a crise financeira, atravês da visão de um artista de sucesso. Iggy Pop disse que o único livro que leu nos últimos dez anos foi The possibility of an Island onde se baseou para escrever algumas das letras de Premilinares, o seu último disco. It`s nice to be dead, canta a fundador dos Stooges. Claro que a Iguana e o bad boy das letras francesas têm um mundo muito próximo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Artistas Unidos


Termina amanhã o espectáculo Não se brinca com o Amor, baseado num texto de Alfred de Musset e encenado por Jorge da Silva Melo. Depois das sessões em casa, no Teatro da Policténica, vai voltar à estrada. A próxima apresentação é no Centro Cultural das Caldas da Rainha. Mas as visitas guiadas à exposição de Angelo de Sousa, sob a orientação de Filomena Serra, continuam até 17 de Dezembro.

Occupy Wall Street


Depois da expulsão de Liberty Square, os líderes do movimento Occupy Wall Street disseram à imprensa que estão a ponderar tácticas de luta mais radicais. Desistir de acampamentos nos parques e tomar as ruas, as pontes, os escritórios e etc... Entretanto artistas de cinema, como Anne Hathaway, e outras celebridades vão aparecendo nas manifestações. Nada a ver com as "guerras" de 67. É outra coisa. Vem aí o Inverno com toda a força. Nova Iorque, durante as tempestades de neve, torna-se um vasto terreno de jogo.

Study of Kabakov


Ilya Kabakov (1933) está na origem do movimento conceptual russo. Foi o criador das "instalações totais". A obra The man flew into space from his apartment, associada a uma espécie de manifesto contra o regime comunista, tornou-se um dos seus trabalhos mais conhecidos. Até 23 de Dezembro a galeria Edelman Arts, em Nova Iorque, apresenta uma exposição com o título de Study of Kabakov que integra só trabalhos em papel, desenhos e livros, do artista russo.

Domínio islamista


Milhares de egípcios voltaram à praça Tahrir onde protestaram contra a permanência sem fim à vista dos militares no poder. Era notório como os Irmãos Muçulmanos e outras forças islamistas menos organizadas dominavam a manifestação. Isto não augura nada de bom.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

United States of Europa


United States of Europa é uma exposição itinerante que vai percorrer dez países europeus. Um trajecto que termina em 2013. Inaugura esta longa viagem a 4 de Dezembro na Polónia. Trata-se de um projecto artístico sobre a identidade europeia, o que vem muito a propósito num momento em que se questionam tantas coisas no velho continente. A partir de 6 de Junho de 2012, vai estar durante m mês no espaço da Transforma em Torres Vedras .

Heavy Metal




A galeria nova-iorquina Bowery Salon 94 apresenta até 4 de Dezembro fotos e vídeos da artista americana Marilyn Minter. Continua a desconstruir os ícones e os estereótipos, só que desta vez usou e abusou do metal. Duro e pesado.

André Saraiva


Tem que ser dito. As "tiradas" revolucionárias servem para tudo e acabam esvaziadas do seu verdadeiro sentido. André Saraiva, o graffiter e mogul dos clubes chiques onde se misturam figuras do mundo da moda, do cinema e das artes plásticas, surge num enquadramento onde se destaca uma frase de Pasolini. Vai abrir mais um Le Baron. Depois de Paris e Tóquio, agora a cidade escolhida é Londres. O seu novo clube fica em Old Burlinghton Street e tem as paredes cobertas com trabalhos artísticos de Tracey Emin, Aaron Young e Bansky. A foto é de Olivier Zahm.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Europa à rasca


A propósito da crise da Itália que é "too big to fail, to big to save", Nouriel Roubini num artigo publicado na revista Slate adverte para o colapso quase inevitável da euro zona. Critica as politicas erradas, no seu entender, da Alemanha e do Banco Central Europeu. "..Symmetrical reflation is the best option for restoring growth and competitiveness on the eurozone's periphery while undertaking necessary austerity measures and structural reforms. This implies significant easing of monetary policy by the European Central Bank; provision of unlimited lender-of-last-resort support to illiquid but potentially solvent economies; a sharp depreciation of the euro, which would turn current-account deficits into surpluses; and fiscal stimulus in the core if the periphery is forced into austerity. Unfortunately, Germany and the ECB oppose this option, owing to the prospect of a temporary dose of modestly higher inflation in the core relative to the periphery". Cada cabeça sua sentença. Não confio nos economistas mas ainda confio menos nos políticos. Acho que as teorias e as ideologias sociais dominantes, incluindo o marxismo, estão desajustadas ao tempo que vivemos. As sociedades precisam de um impulso criativo no sentido de uma profunda transformação.

David Linch

domingo, 13 de novembro de 2011

Direitos das mulheres


As feministas israelitas lutam contra o atentado aos direitos das mulheres exercido pelos ultra-ortodoxos que até as querem impedir de cantar e dansar em público. Criticam os políticos mainstream, incluindo os do Kadima, por não se manifestarem com mais agressividade contra a segregação.

Espiões


O antigo chefe da secreta, agora colocado na Ongoing, anda a ser investigado. Talvez influenciada pelos filmes de James Bond, que cumpre agora as suas bodas de oiro de assassino patriótico ao serviço de Sua Majestade, quando vi o ar tosco de Silva Carvalho sem pinga de elegância, associei-o logo à imagem pífia deste país de opereta onde vivemos. Mas os espiões podem redimir-se deslocando a sua actividade para outros campos. Os insiders, traidores à sua pátria económica e que praticam tráficos de influências, são trabalhadores secretos relativamente honoráveis. Sou uma apaixonada pela literatura de espionagem mas não me entusiasmam os livros de Julian Semyonov que tinham como protagonista o espião russo Stirlitz. Modesto, culto e poliglota usava métodos intelectuais em vez da violência. Andou na guerra contra os nazis, juntamente com ingleses e americanos, e quando regressou à União Soviética foi preso pela sinistra polícia de Béria. Só a morte de Estaline o salvou da execução. Diamonds for the Dictatorship of the Proletariad parece-me um título ineressante. Quanto ao escritor, falecido em 1993, de certa maneira retratava o dark side da vida na Rússia. Talvez não venha a propósito, mas não simpatizo nada com a Maçonaria...que gentinha!

Paa ver ou comer?




Com que ingredientes se criam imagens apelativas? O japonês Hanayuishi Takaya começou no mundo da culinária em 2004, tendo depois enveredado pelo campo dos arranjos florais. Autor de performances archimbolescas, propõe-nos agora adereços de cabelos feitos com legumes e frutas. Para uma noite louca conveém que os tomates sejam fresquíssimos e os rábanos viçosos. Estes toucados lúdicos são a expressão cabal de como a moda é efémera. Ou talvez brincadeiras alimentícias para estetas.

sábado, 12 de novembro de 2011

Charlotte Rampling






Charlotte Rampling: The Look é um documentário sobre a actriz britânica que encarnou personagens incorporados para sempre na nossa memória visual. Tinha 18 anos quando Visconti a escolheu para interpretar uma degenerada trintona em "A Queda dos Deuses". Seguiram-se outras películas como "O Porteiro da Noite" de Liliana Cavani ou o "Veredicto" de Sidney Lumet. Elegante, esquiva e hierática. Helmut Newton fotografou-a nua no cenário barroco de um hotel de Paris em 1973. Para o cinema ficou espelhado naquele olhar felino um halo de ambiguidade que se identifica com o desequilíbrio patológico. Woody Allen com quem trabalhou em "Stardust Memories" disse que a companhia ideal para jantar era Charlotte Rampling e Franz Kafka. O filme dirigido por Angelina Maccarone aborda nas conversas com amigos temas universais. Idade, beleza, desejo e morte.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Mohammad Ghaffari

Dan Cameron


As exposições que comissariou nos anos 80, incluindo El Arte y su Doble em Madrid, deram-lhe visibilidade mediática a nível internacional. Dan Cameron, 54 anos, tem um invejável percurso. Foi o primeiro curator americano a realizar a Aperto na Bienal de Veneza em 1982. Entre 1995 e 2006 esteve como conservador no New Museum of Art em Nova Iorque. Criador da Bienal Prospect New Orleans em 2008 vai a partir de Janeiro ocupar o cargo de director do County Museum of Art de Los Angeles.

Tempo das Imagens









O filme It`s Always Fair Weather (Dançando nas Nuvens) inaugura a 6ª edição do Festival Temp d`Images que decorre na Cinemateca entre 14 e 22 de Novembro. Organizado por por Teresa Garcia, Pierre-Marie Goulet e Ricardo Matos Cabo propõe-se questionar o cinema relacionando-o com outras artes.

Luxo e luxúria





Este número da Exit concentra-se na ostentação do luxo que nos países ricos europeus agora em crise é encarado como um insulto às classes mais desfavorecidas. Vivemos numa sociedade baseada no dinheiro onde o luxo e a luxúria andam ligados. Compra-se sexo, compram-se pessoas. Tudo isto adquiriu um carácter grosseiro, excessivo e vulgar. Iates, carros de alta cilindrada, jóias, latas de caviar, marcas como Dior ou Chanel associam-se ao poder. O artigo The Idea of Luxury do inglês Christopher J. Berry sustenta o tema explorado pela revista onde se destacam as imagens de Marilyn Minter, Martin Parr, Philip-Lorca di Corcia, Cecil Beaton, David Seidner, Karen Knorr e Daniele Tamagni.

OverRuled






Shirin Neshat apresenta hoje no Cedar Lake Theater, em Nova Iorque, um dos seus últimos vídeos. Trata-se de OverRuled que é sobre a teocracia no Irão contemporâneo onde são impostas leis absurdas. Entre os colaboradores convidados pela artista destacam-se o músico Mohsen Namjoo e o aclamado cineasta Shoja Azami que escreveu o texto.

Mohsen Namjoo

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Face Oculta


Afinal o amigo Godinho não lhe ofereceu só uma caixa de robalos, também lhe adoçou a boca com pão-de-ló. Só isso, o resto é "romanticismo". Garante Armando Vara. "A mão que estendes é ambígua" disse Chu-En-Lai a Richard Nixon durante a visita do americano à China. E levou com esta resposta: "Se não me conheces, não tens de confiar em mim".

Diary of Bad Year


"A novel? No, I don`t have the endurance anymore. To write a novel, you have to be like Atlas holdind the whole world on your shoulders and supporting it there for months and years while its affair works themselves out..." ( J.M Coetzee, Diary of Bad Year). O escritor faz parte do júri do Lisbon & Estoril Film Festival.

Thinking... em transe


Não me apetece nada falar da política nacional, já bastam os palpites dos treinadores de bancada que andam pelas televisões a palrar. A bolsar patetices como se fossem verdades absolutas. Mas, francamente, o Partido Socialista irrita-me. Não tem vergonha na cara. Enquanto governo fez asneiras atrás de asneiras, atirou-nos às feras e agora vem todo lampeiro apresentar soluções para minimizar os estilhaços da crise. Apesar do Seguro ser muito mais sério do que Sócrates, daquelas bandas não sopram bons ventos. Cuidado com os efeitos hipnóticos da música trance. Induz-nos a não pensar.

Restless


Este filme de Gus Van Sant é comovente. Não confundir com piegas. Confesso que chorei. Não sei bem como, talvez de esfregar os olhos com as mãos sujas, apanhei uma conjuntivite que me impediu de continuar no Lisbon & Estoril Film Festival e ir a correr para o oftalnogista que me receitou três tipos de gotas. Uma maçada. Voltando a Restless. Gostei da narrativa límpida, do cuidado estético das imagens. Começa com a música Two of Us, uma das mais belas baladas dos Beatles. É uma história de amor, uma versão love story adolescente. Enoch e Anabelle, ambos com tragédias pessoais, encontram-se num funeral e apaixonam-se. Ele perdeu recentemente os pais num acidente de automóvel. Ela tem um cancro em fase terminal, os médicos dão-lhe três meses de vida. As canções ternas de Sufjan Stevens, uma das minhas bandas preferidas, ajustam-se perfeitamente à narrativa.

Paul Graham


Até 8 de Janeiro de 2012, a Fundatión Botin apresenta na sede do Banco Santander uma exposição de Paul Graham. Comissariada por Vicente Todoli, consta de duas séries resultantes das viagens que o fotógrafo britânico fez na Europa e nos Estados Unidos. Trata-se de figuras inseridas em espaços urbanos quase cinemáticas. Graham "conta" histórias curtas e simples, à maneira de Chekhov. Na série A Shimmer of Possibility capta imagens na paisagem americana de pessoas no supermercado, cortando relva ou na paragem do autocarro. Gente comum, banal. Admirador de Garry Winogrand e Lee Friedlander, não aprecia os clichés do fotojornalismo onde a fotografia serve uma história já escrita. O catálogo da mostra inclui textos de Iwona Blazwik, directora da galeria Whitechapel, de Jef Rosenheim, conservador de fotografia do Metropolitan Museum of New York e de Kevin Moore, investigador e curator independente.

Lucien Freud




O neto do fundador da psicanálise tinha 21 anos quando Ian Gibson o fotografou com a cabeça de uma zebra. Lucien Freud (1922-2011) tornou-se um artista famoso. Sempre o retrato, sempre as pessoas. "For me the paint is the person", disse.

Trienal de arquitectura


domingo, 6 de novembro de 2011

Whirlpool


Um filme negro dirigido em 1949 por Otto Preminger onde a belíssima Gene Tierney é a perturbada esposa de um psicanalista. Cleptomaníaca acaba por ser envolvida num crime de chantagem e morte por um hipnotizador sem escrúpulos.

Dalmatian


Imagem "estilosa" do fotógrafo Peter Lindberg publicada na American Vogue em 1990. Os Dalmatas. O charme das pintas.

Será mesmo?


A obra do artista britânico Mark Titchner, vencedor do Turner Prize em 2006, explora os diferentes sistemas filosóficos e políticos da sociedade contemporânea.

Europa à nora


Segundo uma sondagem 63 por cento dos franceses desaprova o aumento do seu contributo ao plano de ajuda financeira à Grécia. Acham que não se pode emprestar dinheiro a maus pagadores. A cimeira do G-20 em Cannes foi um rotundo fracasso. Dilma Roussef defendeu uma antiga proposta da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para estabelecer uma espécie de programa de renda mínima global em moldes semelhantes ao programa brasileiro da Bolsa Família. A senhora, que tem uma péssima imagem, deve ter querido humilhar a Europa.

Na intimidade