quinta-feira, 31 de março de 2016

John Wesley


Gosto desta obra intitulada Hungarian Dog Wrestler do artista pop americano John Wesley ( Los Angeles, 1928) que em 2009 esteve na Bienal de Veneza patrocinado pela Fundação Prada. As suas pinturas e cartoons têm recebido rasgados elogios de artistas como Dan Flavin e Donald Judd. Este último até tem um espaço dedicado a Wersley, que se considera alinhado com o Surrealismo, na sua Fundação de Marfa, no Texas.  

Jerry Saltz


Jerry Saltz, o meu critico de arte preferido e apoiante declarado da candidata Hillary Clinton, publicou ontem no seu Facebook um desenho de Chris Bay que mostra quem vota em quem. Mas este desenho inteligente provocou debates ridículos. Saltz já apagou algumas intervenções de pessoas que lhe chamaram mentiroso. Há quem não goste de admitir que os votantes de Bernie Sanders pertencem a uma classe média branca.

Phoebe


No final de Janeiro a artista, curadora e critica Alex Ebstein abriu a Phoebe, uma nova galeria em Baltimore, que está concentrada no trabalho de artistas do sexo feminino. A próxima exposição, que inaugura no sábado, é da Virginia Poundstone e tem o título de Blue Rose.

Propaganda


Dois combatentes do Estado Islâmico (IS), um nigeriano e outro somali, promoveram o desenvolvimento do grupo de Shariah num vídeo da província de Tripoli, na Líbia,. Onde a organização terrorista se está a expandir tanto a nível de território como de recrutamentos de militantes. O pormenor da criança é incrível. O canal Telegram do IS compartilhou uma mensagem recomendando o uso do "burner" de telefones, de maneira a proporcionar uma "comunicação segura" e evitar serem detectados pelas polícias.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Eu sou Hillary!


De todas as mulheres que já adoptaram o fato de calças e casaco como símbolo do seu poder, desde Katharine Hepburn a Grace Jones, a candidato presidencial Hillary Clinton é sem dúvida a maior campeã das duas peças. Isto faz sentido, considerando que quando as mulheres americanas costumam invadir um espaço tipicamente dominado por homens, optam por uma roupa semelhante. A candidata a presidente dos States está a ser alvo de ataques de figuras femininas como Camile Paglia e Susan Sarandon que dizem, no caso de Bernie Sanders for derrotado, preferem votar em Donald Trump. Eu acho que Hillary é a pessoa mais indicada para a Sala Oval. Durona, sem lamechices baratas e sem babar afectos que só servem para enganar o pagode. Mas, francamente, não gosto da fatiota que alguns designers de moda apresentam em homenagem de Hillary. Só aprecio, e de que maneira, a proposta do japonês Issey Myake que vemos na última imagem. A modelo Allina Liu, a jogar bowling, combina uma jaqueta preta com calças listadas tal como as meias e sapatos Doc Martens. Fabulosa.

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Trainspotting


Eis uma boa notícia para os fãs de Trainspotting. O actor Ewan McGregor, um dos protagonistas do filme original, acabou de anunciar que a tão aguardada sequela desta obra de culto de 1996 está a caminho de se concretizar. O roteiro será escrito por John Hodge que se desvia em alguns aspectos do magnífico livro de Irvine Walsh. O cineasta David Boyle confirmou que deverá começar a filmar no Verão de 2016 em Glasgow. A equipa está a bordo. Os rapazes, já quarentões, estão prontos para as curvas. Vinte anos depois.

Vale tudo


A violência irrompe com frequência nos comícios de Donald Trump. Gritam-se obscenidades e procura-se instigar a luta entre facções. Mas todos dizem que são inocentes e acusam os apoiantes dos outros candidatos. Há pouco mais de uma semana um afro-americano perfurou um manifestante que usava um capuz do KKK. Desta vez, em Wisconsin, uma miúda de 15 anos foi pulverizada com gás pimenta quando se preparava para socar alguém que não é visível no enquadramento do vídeo. As coisas estão animadas.

O clérico twitou

Khamenei.ir @khamenei_
República Islâmica deve usar todos os meios. Eu apoio conversações políticas em questões globais, mas não com todos. Hoje é época de tanto mísseis & conversações. Uma hora depois, o Ayatollah precisou ainda mais o seu pensamento, dizendo que o Irão tem de manter ambas as alternativas, o diálogo e os mísseis. (10:33 - 30 de Março de 2016).
A maior autoridade da República Islâmica do Irão, o Ayatollah Ali Khamenei, deixou recados internos e externos, esta quarta-feira, na sua conta da rede social Twitter. O supremo líder iraniano recusa seguir um caminho que venha a obrigar o país a abdicar de princípios e a enfraquecer-se, ficando dependente dos Estados Unidos.
Há ainda a renovação da fatah ao escritor Salmon Rusdhie. Que diferença existe entre esta gente e o Estado Islâmico?

al-Naba


Cáucaso Province do Estado Islâmico (IS) afirmou num comunicado ter matado 10 soldados russos e ferido três outros na detonação de dois engenhos explosivos nos veículos em que deslocavam na cidade de Kaspiysk, no Daguestão.

Continuando a promover o sucesso dos ataques Bruxelas, na 24ª edição do seu semanário al-Naba, o Estado Islâmico (IS) afirmou que os executantes destruíram a "ilusão" da omnisciência proclamada pelas agências de inteligência inimigas e pediu  aos muçulmanos para encontrarem inspiração nestes atentados para realizarem as suas próprias operações.

Albert Boadella


O actor e escritor Albert Boadella, que fundou o grupo de teatro independente El Joglars em 1964   tem sido miseravelmente perseguido pelos patrulheiros do pensamento. Sempre foi um espírito livre e nunca se calou. Durante a época negra de Franco, depois de vários actos de rebeldia e de uma passagem pela prisão, exilou-se em França. Numa atitude de coerência, também sempre se manifestou contra os "patriotas" independentistas catalães. Há dias uns fanáticos esculpiram-lhe ciprestes no jardim da sua casa, em Ampurdán. Querem amedrontá-lo para que deixe a Catalunha onde nasceu em 1943. Já não é a primeira vez que o insultam e atentam contra o seu património. Desde que parodiou Pujol com a delirante figura do rei Ubu todas as portas se lhe fecharam. "O nacionalismo é uma nova religião laica, há que ter fé e não pensar que toda a história do passado é uma história de ficção (como sucede nas religiões) e naturalmente com uma enorme facilidade de criar talibãs...", afirmou.  

terça-feira, 29 de março de 2016

Edgar Martins


O trabalho de Edgar Martins é objecto de uma exposição até 3 de Abril com o título de Siloquies and Soliloquies on Death, Life na Galeria Open Eye de Liverpool. Este projecto, que se propõe ser uma reflexão sobre a morte e o suicídio, foi feito em colaboração com o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Coimbra. "O meu trabalho está enraizada nos géneros de paisagem e representação topográfica, mas sempre com uma ligação ao lado cinematográfico, pictórico e escultórico. Estou interessado na imagem fotográfica como um meio fundamentalmente híbrido que pode reunir uma série de contradições insolúveis e questionar convicções e expectativas do espectador. As melhores imagens para mim são aqueles que revelam a fragilidade dos nossos poderes visuais", afirmou o fotógrafo português numa entrevista. Nascido em Évora há 38 anos, cresceu em Macau e estudou em Londres onde fez um MA em fotografia no Royal College of Art. Está representado em vários museus americanos, incluindo o PS1 de Nova Iorque.
 BA e um MA em fotografia

Decapitados


O Estado Islâmico (IS) da Ninawa Province, na zona oeste do Iraque, divulgou ontem um vídeo sobre a decapitação de combatentes Perhmerga que tinham já sido capturados há umas semanas. Foi uma vingança pelos bombardeamentos dos bairros Bakr e Nur de Mossul.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Editor Contra

Amanhã, às 18 e 30, na Biblioteca Nacional de Lisboa. O livro "Editor Contra", uma edição da Montag. A editora do Pedro Piedade Marques que escreve a história do Fernando Ribeiro de Mello e da Afrodite. Os politicamente correctos que se abstenham porque podem ter um ataque cardíaco. Convivi com o Ribeiro de Mello e a sua mulher Antonina. Pertencíamos à mesma tertúlia. Do café Monte Carlo, no Saldanha. Onde pontificava o Herberto Helder e o meu amigo e mentor intelectual Vitor Silva Tavares.

Modest Mouse


Submissão


O jornalista norte-americano Christopher Caldwell  afirmouque o Islão mudaria a Europa. Depois de Paris, o terrorismo islâmico atingiu Bruxelas. "A maioria dos jihadistas atacam normalmente o país onde nasceram. Será que revela o fracasso do multiculturalismo? Talvez, mas eu não tenho certeza de que a palavra "multiculturalismo" ainda significa alguma coisa. O terrorismo exige familiaridade com o campo de operação, o "campo de batalha". É muito difícil reunir uma equipa de terroristas que passem várias fronteiras para realizar uma operação num país estrangeiro. Apesar disso ter acontecido com o 11 de Setembro nos Estados Unidos. O artífice Najim Laachraoui foi para a Síria lutar ao lado do Daech, mas ninguém sabia como ele tinha voltado a Bruxelas. Ibrahim el-Bakraoui foi condenado a 9 anos de prisão por fotografar um polícia em 2010. Mas também foi recentemente preso pela Turquia em Gaziantep, na fronteira com a Síria, identificado como um combatente do Estado Islâmico. E não houve consequências. Dá ideia de que, a Europa também enfrenta uma islamização suave como no último livro de Houellebecq, Quando eu li Submissão alguns dias após os assassinatos no Charlie Hebdo, achei que as intuições sobre a política francesa eram bastante  corretas. As elites francesas muitas vezes dão a impressão de que ficariam menos perturbadas com um partido islâmico no poder do que pela Frente Nacional".

Jean 501


No início deste mês, a Levi`s lançou o trailer de uma série de documentários intitulada O 501® Jean. São episódios de um original para comemorar passado icónico da empresa e contar a história do seu lugar na cultura americana. O documentário tem três partes. O episódio de abertura transporta-nos a 1873, quando os operários começaram a usar jeans duráveis ​​que pudessem suportar as duras condições do trabalho manual. A segunda parte conta como denim deixou de ser uma peça puramente funcional, tornando-se um símbolo do estilo. Por fim, o segmento final aborda a forma como o 501 Jean ficou associado à rebelião, ao ponto de ser banido em algumas escolas por ser muito controverso.

Tributo a Bowie


Dois concertos onde eu gostaria de estar. Já estão esgotados. No dia 31 de Março e 1 de Abril acontecem em Nova Iorque. No Radio City Music Hall e no Carnegie Hall duas dezenas de músicos como Michael Stipe, Cat Power, Amanda Palmer, The Roots, Perry Farrell, Flaming Lips, Pixies, Blondie, Patti Smith e muito outros, prestam um tributo a David Bowie. Já estavam previstos antes da sua morte, mas agora adquire um significado especial. O verba obtida beneficiará várias organizações artísticas de ensino.

Electric Relaxation


Rihanna na Vogue


A cantora Rihanna na capa das revistas Vogue, britânica e americana, fotografada pela dupla Mert Alas e Marcus Piggott.

Bullshitt


Uma crítica acutilante do actor Danny DeVito. Sobretudo aos coleccionadores que frequentam as feiras de arte e não percebem nada de nada. Vão na conversa balofa dos curadores com pseudo caução filosófica. "Pensava que para a arte era importante que fosse tratada como uma actividade igual ou paralela à filosofia e não como uma forma de ilustrar a filosofia e os seus heróis", disse Joseph Kosuth quando comissariou a exposição que era uma homenagem artística a Wittgenstein, em Bruxelas.

Obra controversa


Em 15 de Março, foram expostos trabalhos artísticos dos alunos do ensino médio americano no átrio do Edifício Municipal Webb Wellington de Denver. Mas houve uma obra que provocou uma grande controvérsia. Trata-se de A Tale of Two Hoodies de Michael D'Antuono que evoca a execução dos combatentes da resistência espanhola pelos exércitos de Napoleão e os assassinatos de juventude afro-americana pela polícia e vigilantes. Em paralelo.

Mito das pilas


O pornógrafo Larry Flint, fundador da revista Hustler, atacou Donald Trump. E, claro, a questão do pénis do magnata do imobiliário não podia deixar de ser arma de arremesso. Numa carta aberta ao desbocado candidato disse que tinha uma equipa de médicos "prontos a realizar o exame exigido para confirmar a sua jactância". Numa entrevista à Daily Beast afirmou que o tipo de carros dirigidos por Trump e os edifícios que constrói "tudo isso tem a ver com a tentativa de compensar, talvez a falta de masculinidade". E adianta: provavelmente tem um pénis de 3 polegadas, o que em centímetros corresponde a 7, 62 centímetros. Bem, tudo isto é uma patetice machista. Não há já paciência para a disputa dos homens sobre o tamanho das pilas.

al-Adnani al-Shami


Nascido na Síria em 1977, Muhammed al-Adnani é um dos homens mais perigosos do Estado Islâmico. Aos 10 anos memorizou o Alcorão. Foi gravemente ferido num ataque aéreo americano mas acabou por recuperar e actualmente é o porta-voz e chefe das operações do ISIS. "Sabemos que - por Allah- não tememos os enxames de aviões, nem mísseis balísticos, nem drones, nem satélites, nem navios de guerra, nem armas de destruição em massa", disse ele. "Vamos continuar no nosso caminho, com a permissão de Allah. Nós não tememos a culpa dos acusadores. Nós não nos importamos como muitas nações correm contra nós ou quantas espadas querem nos atacar. Nós não cuidamos. Mesmo se os burros de conhecimento tropeçar na lama, isso não irá prejudicar-nos com a permissão de Alá..." Esta retórica é difícil de entender.

Supergirl


Desde a década de 1930 que os super-heróis se tornaram conhecidos por lutarem contra o crime. Eram geralmente vistos como faróis da esperança nas sociedades onde viviam. Lutavam para salvar a o mundo e defender a justiça, colocando a segurança de outras pessoas acima da sua. Apesar de serem personagens de ficção, oferecem uma lente significativa de análise para a compreensão da sociedade contemporânea. "Os super-heróis são tradicionalmente descritos como masculino: Batman, Superman, Homem de Ferro, Capitão América e etc. A presença dominante dos homens na mitologia dos super-heróis reflecte a maneira como a sociedade ocidental idealiza os homens. Enquanto eles são sujeitos autónomos, fortes e poderosos, as mulheres são percebidas na sociedade como submissas, objectos sexuais e bonitos", escreveu a antropóloga Charissa Decchéne. Mas neste artigo também refere a forte demanda por narrativas com foco no sexo feminino e personagens principais na televisão. Refere Jessica Jones, heroína da Netfflix ou a Supergirl da CBS. As mulheres do filme Mad Max: Fury Road também são retratadas como heroínas fortes e independentes. Houve até quem qualificasse a obra de George Miller de feminista. Nem tanto.

Olho por olho


Al-Furat Province, uma divisão do Estado Islâmico (IS) na província de Anbar do Iraque, retratou os ataques Bruxelas como "olho por olho" num vídeo no qual um combatente francófilo afirma que os cidadãos são responsáveis ​​pelas acções dos seus governos. Não sei quem será o estilista desses senhores, mas as roupas são criativas. O pior está nas cabeças.
A organização Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) acusou a Arábia Saudita de ter uma regra de supervisão do ataque aéreo dos EUA que matou quase 50 lutadores em al-Mukalla, alegando que pretende "prolongar" a batalha com os Houthis.

domingo, 27 de março de 2016

Mais ameaças



Um membro da Tripoli Province, uma divisão do Estado Islâmico (IS) na Líbia, elogiou os executores dos ataques de Bruxelas num vídeo e ameaçou mais represálias contra os "infiéis". Num novo vídeo lançado ontem, o IS reivindicou os ataques de Bruxelas. Desta vez o porta-voz é o belga Hicham Chaib, ex-braço direito de Fouad Belkacem Sharia4 Belgium dentro da organização. Filho de uma família marroquina, este homem de 34 anos profere novas ameaças à capital belga e no final do vídeo e termina a executar um prisioneiro com uma bala na cabeça.

Revistas


sábado, 26 de março de 2016

Algo está errado


Segundo várias fontes, representantes religiosos de Bruxelas recusaram-se a pedir aos imãs para recitarem a "Al-Fatiha" (abertura) em homenagem às vítimas dos ataques porque as vítimas não eram todas muçulmanos. A informação que foi confirmada pelo islamólogo Michael Privot. " Por outras palavras foi recusada recitar esta oração em homenagem aos infiéis. Um minuto de silêncio também foi proposta na reunião, que foi também recusado. Esta posição não foi expressa a uma só voz. A proposta estava sobre a mesa e foi discutida, mas a recusa ganhou. Mais do que nunca tem de haver uma sacudidela da comunidade muçulmana", acrescentou.

Menos doce


Eu adoro chocolate. Talvez até seja viciada nesta iguaria. Mas, devido ao aumento do consumo no mundo e à queda de produtividade da produção do cacau, dentro de quatro anos pode haver escassez de chocolate. O que certamente faz subir os preços. Upa, upa. Até já se prevê que a crise seja avalassadora. De acordo com a marca americana Mars, o défice de cacau será de 1 milhão de toneladas até 2020. O aumento do consumo na China e na Índia, países que juntos reúnem 36% da população mundial, contribuiu para este cenário. Os chineses não tinham o hábito de comer chocolate, mas isso mudou nos últimos anos. Desde 2011, o consumo médio por pessoa passou de 30 para 200 gramas anuais. Também os indianos, embora restrito às elites, já se deliciam com chocolate. Só para lembrar. Uma tablete da suíça Lindt custa 9 dólares aos indianos, enquanto nos Estados custa Unidos apenas dois dólares.

Arte Chinesa


Depois da revolta de Tiananmen em 1989 e com a repressão que se seguiu, o mundo da arte chinesa ficou quase desmantelado. Alguns artistas deixaram o país ou abandonaram a prática da arte, enquanto outros se retiraram para um exílio auto-imposto. O optimismo dos anos anteriores desapareceu. Esta é a segunda parte da exposição da M + Sigg Collection, apresentada no Museu de Hong Kong e abrangendo quatro décadas de arte chinesa. Coleccionadores nos Estados Unidos, Austrália e Europa também começaram a apoiar lentamente os artistas através da compra das suas obras que expressavam angústia e uma ironia malicioso. Afirmou-se um estilo que cimentou uma aproximação da arte contemporânea chinesa ao mercado da arte internacional. Em 1993 houve uma mostra intitulada China New Art, Post-1989 no Centro de Artes de Hong Kong. Incluía mais de 200 obras de 50 artistas e, mais tarde, viajou para o estrangeiro. Surgiram então experiências de vídeo e performance que testaram os limites da capacidade do artista para suportar condições extremas. Muitos deles fixaram-se numa área de Beijing referida como o "East Village", em homenagem a Nova Iorque. Mas o trabalho de artistas como Zhu Ming era tão controverso que acabaram por ser presos, acusados de fazer pornografia. Essa vaga de performances, documentada pelos fotógrafos Xing Danwen e Rong Rong, terminou em 1994. Quando a polícia fechou os estúdios. A partir de 2000, o cineasta Cao Fei vira as suas atenções para o trabalho monótono dos operários da fábrica Osram, descrevendo-a no vídeo, " Whose Utopia "? Actualmente a arte chinesa, em geral, está repleta de sub-textos políticos subtis. Daí que tenha metáforas e alusões que podem não ser apreendidas por audiências não-chinesas.  Escolhi duas imagens de épocas diferentes de que gosto muito. A primeira é Rainbow e a segunda, a preto e branco, tem o título de Curadores. O cinzentismo dos ditos.

Rolling Stones Cuba


Mensagem


Num vídeo da al-Khayr Province, a divisão do Estado Islâmico de Deir al-Zour, na Síria, considerou os ataques de Bruxelas a "a drop in the sea", uma gota no oceano comparando com o que o ISIS está preparando para as "nações descrentes". Eu acredito que eles têm mais poder de fogo do que as tontas polícias europeias pensam. Mas não resisto a colocar aqui esta imagem do gato branco carregado de explosivos.

James Baldwin



A casa onde viveu James Baldwin no sul de França depois de ter-se mudado de Nova Iorque para Paris em 1948, vai ser demolida. O escritor americano negro morreu ali em Saint-Paul de Vence, junto do obscuro pintor suíço Lucien Happersberger que era o seu amante de longa data. Segundo o jornal Le Monde, já tinha sido pedido ao governo francês para salvar o que restava da moradia bastante degradada. O pintor modernista gay Beauford Delaney chegou a pintar ali seis retratos de Baldwin que pertencem agora à colecção Museu de Arte de Filadélfia.  

sexta-feira, 25 de março de 2016

Eliminado?


Numa conferência de imprensa do Pentágono, o secretário de Defesa Ash Carter e o general dos marines Joseph Dunford anunciaram a morte de Abdlul al-Qaduli, conhecido por muitos outros nomes. Era o "ministro das finanças" do Estado Islâmico. Considerado como a segunda figura na hierarquia do movimento. O antigo professor de física iraquiano, nascido em Mosul em 1957, teria sido eliminado por uma unidade de forças especiais dos Estados Unidos transportada por helicópteros que atacaram o carro onde o chefe terrorista se deslocava. Mas há quem duvide, na medida em que já fora declarado morto mais duas vezes. "A remoção deste líder do ISIL irá prejudicar a capacidade de organização para conduzir operações dentro e fora do Iraque e da Síria. Qaduli foi responsável por vários ataques no exterior", afirmou Ash Carter. Existe uma unidade de marines americanos encarregados de identificar, capturar e matar os líderes do Estado Islâmico. A ideia é cortar a cabeça da hidra, mas também os chefes podem ser rapidamente substituídos.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Johnny Thunders


John Malkovich


O actor John Malkovich posou nu na capa do álbum Like a Puppet Show sobre a Alegoria da Caverna de Platão. Da música encarregou-se o compositor Eric Alexandrakis que gravou um conjunto de faixas ambientais e pediu a Malkovich para gravar um poema antes de enviar as faixas a artistas como Yoko Ono e Sean Lennon, Placebo e Dweezil Zappa. Os resultados foram muito peculiares. A imagem é do fotógrafo Sandro Miller.

Michelle Obama


Talvez para alegrar o ambiente da ditadura cubana, Michelle Obama optou por um estilo florido. Desembarcou com um Carolina Herrera e depois usou vestidos de Naeem Khan e Tory Burch. "Coisas do capitalismo", diria Raul Castro.