
adios amigos
Há 10 anos
Tchim, tchim ao efémero. Ver, cheirar e sentir
É o VII Simpósio Internacional de Teoria sobre a Arte Contemporânea. Uma série de debates, moderados por Cuauhtémoc Medina, com a participação de académicos e curadores. "Como é possível absorver o radicalismo cultural do Sul nos relatos formulados desde o Norte?" Volta-se a colocar na mesa a "tropicalização do conceptualismo". Mas...apesar do desnorte criado pela crise "market driven contemporary art". A Norte e a Sul. Daqui não se sai.
Abbie Hoffman na célebre "acção" contra os financeiros de Wall Street, comentou: "we didn`t call the press..." porque ainda não se conhecia o poder do "event" que hoje domina e desvirtua tudo. Rigorosamente tudo. "The revolution is not something fixed in ideology, nor is it something fashioned to a particular decade. It is a perpetual process embedded in the human". Este americano rebelde, contra os sistemas e as ideologias, foi preso inúmeras vezes e viveu na clandestinidade. Suicidou-se em 1989. Tinha 56 anos.
"Revolution for the hell of it". Foi um dos meus heróis nos "setentas", levou-me a perceber que não há ditaduras boas. Sempre amei os Estados Unidos, contra muitas marés que encontrei no meu caminho. "Às vezes, a América pode ser uma soma que só acaso junta. Outras vezes é o mundo, tal como ele deve ser" (Ferreira Fernandes no DN). É um frase lapidar. 
Estão a fechar alguns dos restaurantes mais emblemáticos de Manhattan. Além do Rainbow Room, no topo do Rockfeller Center, também encerraram as portas o Ruby Foo`s e o Fiamma, ambos propriedade do poderoso restaurador Steve Hanson. "Wall Street have been devasting to business", comentou. E muitos mais irão desaparecer, ainda a procissão vai no adro.

O universo dourado das artes plásticas começa a sentir na pele os efeitos da crise. Leonard Feinstein, o maior patrono do New Museum de Nova Iorque, perdeu 25 milhões no esquema Bernard Madoff. Já fecharam algumas pequenas galerias e as grandes retraem-se na publicidade, o que complica a vida às revista. A Artforum, entre Setembro de 2008 e Janeiro de 2009 perdeu metade das páginas. A Brand Publications que edita The Magazine Antiques, Art in America e Interview também está a atravessar sérias dificuldades.
Quando Barack Obama foi eleito os "foodies" acharam que o novo presidente iria mudar radicalmente a cozinha da Casa Branca. Produtos biológicos, receitas vanguardistas e etc. Danny Meyer, o mediático chefe nova-iorquino, até chegou a oferecer os seus serviços sugerindo um informal "kitchen cabinet". Mas Michelle Obama preferiu conservar a filipina Cristeta Comerford, chefe dos Bush desde 2005. Depois há um pormenor a considerar. Obama confessou ser um apreciador de hot dogs e burgers.

Durante o "directo" da SIC, onde as baboseiras dos pivots e dos comentadores deveriam pagar imposto, ouvi um tal Costa Ribas comentar que Michelle Obama vestia à "americana". Queria dizer algo assim mais espalhafatoso do que o estilo europeu. Para já, um tipo daquele género que usa umas gravatas medonhas e é a imagem acabada da labreguice alarve, falar de estética brada aos céus. Acontece que Michelle Obama não prima pelo bom gosto e a sua figura de basquetebolista também não ajuda. O conjunto verde limão concebido por Isabel Toledo, os sapatos Jimmy Choo e as luvas de J. Crew não contribuiram para a tornar uma mulher elegante. O vestido de chifon da autoria de Jason Wu que usou nos bailes também não a favoreceu.
Apresenta a 4 de Fevereiro um filme de 87 minutos no Our City Dreams, um festival de cinema documental em que participam artistas como Nancy Spero, Marina Abramovic, Kiki Smith e Ghada Amer. Mulheres com idades entre os trinta e os oitenta anos que estão ligadas à cidade de Nova Iorque. Chiara Clemente é filha do pintor Francesco Clemente e da sua icónica mulher Alba.
É o autor do poster de Obama que se tornou uma imagem de "marca". Artista , designer gráfico e ilustrador, iniciou a carreira na street art. Entre as suas influências destaca a artista Barbara Kruger, o construtivismo russo e os anúncios da Marlboro. Shepard Fairey, nascido na Carolina do Sul, tem 38 anos.
"...Our art and our culture, our science are the essence of what makes America special". Salientou Barack Obama num dos seus bem articulados discursos. 
As criações de Hussein Chalayan vão estar, a partir de 21 Janeiro e até meados de Maio, no Design Museum de Londres. Temas como a identidade cultural e a emigração dão corpo à exposição centrada nas roupas com chips, feitas em madeira e ainda os trabalhos que apresentou na 51º Bienal da Turquia. Este estilista, nascido em Nicósia em 1970, tem vindo a explorar os materiais tecnológicos na moda.