domingo, 15 de maio de 2011

Dominique Kahn


A prisão de Dominique Strauss-Kahn (62 anos), acusado de agressão sexual a uma empregada de limpeza do luxuoso Hotel Sofitel, em Times Square, onde uma suite custa 3000 euros por noite, caiu como um terramoto na cabeça dos socialistas franceses. Este atarracado personagem ganhou fama de mulherengo e de ultrapassar os limites quando se trata de mulheres. As jornalistas que o acompanharam nas campanhas eleitorais relataram episódios sobre o comportamento, a roçar o obsceno, deste senhor que tem um historial pouco recomendável. De resto, confirmado por Jean Quatremer que é o correspondente do Libération em Bruxelas onde assistiu a técnicas de engate inadmissíveis até com prostitutas. A escritora Tristane Banon afirmou numa entrevista televisiva num canal de grande audiência que o chefão do FMI tinha tentado violá-la. Os casos de assédio a subordinadas, alguns concretizados, sucederam-se até mesmo em Washington.
O obseso sexual, como já lhe chamaram na imprensa, já foi criticado pelo altíssimo nível de vida que leva. Possui mansões em cidades como Paris, Marraquesch e Washinghon. Colecciona carros de alta cilindrada, relógios de marcas caríssimas e peças de arte valiosas. "Têm tudo. O dinheiro, o poder, os privilégios. São a nova oligarquia francesa", comentou o Nouvelle Observateur sobre os políticos que adoram pavonear-se nos seus Porsches Panamera. O socialista que substituiu o espanhol Rodrigo Rato no cargo de director-geral do Fundo Monetário Internacional em 2007, graças ao apoio do governo de Sarkozy, é o símbolo da esquerda ultracaviar. Quem o diz é Alain Juppé.
Dominique Strauss-Kahn teve o azar de molestar uma arrumadora latina num hotel de Manhattan e os americanos actuaram de imediato. Tanto lhes faz que sejam figurões importantes ou não. Cumprem a lei. Em França, possivelmente, não lhe acontecia nada. Se calhar afivelavam um sorriso cúmplice e diziam, como o autor de uma biografia de DSK, "é um incorrigível sedutor". Mas o espartilhado Libération na notícia falava de felatio...uma palavra pomposa que me dá vontade de rir.

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