domingo, 13 de janeiro de 2013

Detroit a mexer

Detroit procura uma regeneração cultural, ainda tímida, depois de décadas de decadência. Já perdeu um quarto da população, tem bairros abandonados e uma elevada taxa de criminalidade. Tenta agora   reencontrar a sua identidade ligada à produção de carros e da música. Depois da partida da Motown para Nova Iorque agudizaram-se as tensões sociais. As fabulosas ruínas da cidade, tornaram-se um símbolo nacional negativo do que estava errado nas cidades americanas. Além da sua post-industrial condição, Detroit é também vítima de problemas já mais antigos que se agravaram. Além de bandas como os MC5 vale a pena lembrar Derrick May e Juan Atkins que foram inovadores no campo do techno rebelde ao redefinirem o underground. "This is not a revolution against governments, this is a revolution against ignorance", afirmou Carl Graig que é um dos mais famosos produtores da segunda geração da música techno nascida em Detroit na década de 80.
Durante anos, os artistas plásticos deixaram de desempenhar um papel significativo. Agora surgiram algumas galerias interessantes. A Public Pool Gallery, que apresenta até meados de Fevereiro uma exposição colectiva de cinco mulheres com o título de Humor And The Body In Recent Art, é uma delas. Mas a cidade, apesar de na downtown surgirem restaurantes, bares, clubes, lojas e condomínios dirigidos a uma classe média, também se espelha na imagem que vemos no graffiti de Bansky.  
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