sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Colapso da media

Eis um artigo muito lúcido, publicado na Counterpunch, sobre o colapso dos media. Segundo a dupla de autores, os principais meios de comunicação, plataformas de tecnologia social e agregadores digitais gigantes estão gerando "ampla apatia, desespero, insanidade e loucura numa escala aterradora". Nos Estados Unidos, seis grandes conglomerados transnacionais possuem a totalidade dos meios de comunicação de massa, incluindo jornais, revistas, editores, redes de TV, canais por cabo, estúdios de Hollywood, rótulos de música e sites populares: Time Warner, Walt Disney, Viacom, News Corp., CBS Corporation e NBC Universal. No Reino Unido 71% dos jornais nacionais pertencem a três grandes três empresas e 80% dos jornais locais são de apenas cinco empresas. Hoje, o maior proprietário da media mundial é o Google, seguido de perto pela Walt Disney, Comcast, 21st Century Fox e Facebook. "E todas essas corporações controlam a maior parte do que lemos, assistimos e ouvimos, inclusive on-line. Definem a nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. Mas reflectem um pequeno número de pessoas que têm uma visão muito estreita do mundo. O modelo da media predominante é monopolizar e manipular os fluxos de informação para produzir crenças e emoções que permitirão aos agregadores gigantes maximizar as receitas publicitárias e os lucros. Gera narrativas concorrentes e polarizadas em torno das quais diferentes públicos se agrupam em comunidades segregadas inconciliáveis. Reforça as crenças sem ensinar o pensamento crítico, promovendo uma dicotomia banal esquerda-direita que alimenta uma cultura global de consumismo sem mente". (Nafeez Ahmed e Andrew Markell, fundadores da PressCoin e do Insurge).

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