quarta-feira, 10 de julho de 2019

Craig Murrow

Craig Murray, ex-embaixador do Reino Unido, activista, defensor de Julian Assange, analisa a demissão de Darroch. "A opinião dele sobre Trump não está fora de linha com a narrativa mediática e é interessante - mas exatamente o que eu esperaria dele - que Darroch compartilhe da suposição de que o fracasso de Trump em iniciar uma guerra com o Irão por causa do drone take-down foi uma aberração estranha. Os vazamentos não nos dizem nada surpreendente nem obviamente beneficiam qualquer facção política no Reino Unido. Então, qual foi o motivo? Eu acredito que a resposta mais provável é muito mais simples do que qualquer coisa que você encontrará na grande quantidade de media impressa sobre o assunto nos últimos dois dias por pessoas sem conhecimento.
Kim Darroch é uma pessoa rude e agressiva, que não é nada agradável aos seus subordinados. Ele alcançou proeminência dentro do FCO sob o New Labour, numa época em que visões de direita e de política externa pró-Israel e apoio à Guerra do Iraque eram activos importantes para o progresso da carreira, assim como a adopção de uma estranha cultura "ladista" 10 por Alastair Campbell, envolvendo palavrões, camisas de futebol e fingindo ser classe trabalhadora. Numa época em que a gestão de notícias era a principal e a fim de tudo para o governo de Blair, Darroch estava encarregado do Departamento de Media do FCO. Lembro-me de estar surpresa quando, ao telefone, ele me chamou de "idiota" por discordar dele num assunto de política menor. Nunca encontrei esse tipo de agressão no FCO antes. As pessoas que trabalhavam directamente para ele tinham que suportar esse tipo de coisa o tempo todo."

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