Anna Nicole Smith morreu em 2007. Era uma bomba platinada com uns descomunais peitos de silicone. A sua vida desregrada foi agora traduzida para uma ópera que está em cena Royal Opera House, em Londres.
adios amigos
Há 10 anos
Tchim, tchim ao efémero. Ver, cheirar e sentir
O Sindicato dos Actores (Screen Actors Guild Awards) distinguiu ontem a gravidíssima Natalie Portman que trazia três milhões de jóias em cima a jogar com o vestido branco, e Colin Firth que tem arrecadado todos os prémios. Melissa Lee e Christian Bale foram contemplados na categoria de secundários. Na área da televisão venceram as séries Boardwalk Empire e Modern Family.
Houve quem detestasse o look de Paz de La Huerta na cerimónia da entrega dos Screen Actors Guild Awards 2011 em Los Angeles. Acho-o fabulosa neste vestido de lantejoulas cor de chocolate. Tem uma imagem muito contemporânea.
Ando há anos a cobiçar uma Hasselblad, mas depois penso que não sou o Rui Pedro Soares ou outros que tais boys socialistas. Só me resta fazer um esforço de contenção, o dinheiro não me cai do céu aos trambolhões e também não tenho jeito para espremer a teta do Estado. Li numa revista que esta máquina fotográfica é a eleita de Mick Rock. " Não me interessam os aspectos técnicos, sigo o meu instinto", garante o mítico fotógrafo. Mas a câmara de fabrico sueco também ajuda.
Não se trata de uma obra-prima mas vale a pena ver este filme de Paul Haggis, o realizador e arguentista de Crash que foi distinguido com um Óscar em 2006. Um crítico de cinema americano qualificou The Next Three Days como um old-fashioned movie. É exactamente isso que me agradou. Tal como a sombra de ambiguidade deixada sobre a personagem de Lara. É ou não culpada? Há ainda o contraste das duas músicas da banda feminina The Like uma espécie de rock alternativo no estilo anos 70.
Estou muito curiosa. Matthew Lessner, 27 anos, autor dos vídeos das bandas nova-iorquinas Dirty Projectors e The Raveonettes vai estar no Sundance Festival 2011 com o filme The Woods que é uma sátira social envolvendo as estéticas das décadas de 60, 70, 80 e 90. É capaz de ter piada este olhar à distância.
É assim. O tempo esgota-se, amanhã acaba a "paródia inconsequente" de Jorge da Silva Melo que tem deliciado os espectadores no Teatro da Trindade. Quer dizer, no palco desenrola-se a trapalhada da Criada dos Noailles que no fim de contas se chamava Séverine, uma co-produção dos Artistas Unidos e Culturgest.
Para a categoria do melhor documentário estão nomeados pela Academia Wast Land, o filme de Vik Muniz sobre os catadores de lixo do Jardim de Gramacho no Rio de Janeiro, e Exit Through The Gift Shop com a assinatura do calculista Bansky. Claro que estou a torcer pelo artista brasileiro que sempre apostou na transparência, nunca precisou de recorrer a outros expedientes que não os artísticos. Sei o que digo.
A Fundação Arpad Zsenes-Vieira da Silva inaugurou uma exposição que reúne fotografias de Man Ray, Jorge Martins e Julião Sarmento. Concentro-me neste último por quem nutro um especial apreço. Anda a fotografar mulheres há quatro décadas, o corpo feminino é um tema recorrente na sua obra. Das 62 imagens que apresenta destacam-se os retratos da actriz e modelo Amira Casar e da americana Sasha Grey, um ícone da pornografia que participou num filme de Steven Soderbergh.
Deve ter passado despercebida a reportagem Abutres que a TVI apresentou ontem a seguir ao telejornal. É um excelente trabalho de investigação assinado por Rui Araújo, Rui Pereira e Carlos Lopes sobre a corrupção nas empresas do Estado onde o tráfico de influências acontece com a maior das normalidades. Lá aparece o tio de José Sócrates e outras personagens ligadas ao partido dito socialista. Encontros em carros pretos de vidros fumados, ameaças de morte, extorsões, bancos angolanos...ambiência a remeter para o filme O Padrinho de Francis Coppola, como sublinhou um empresário que deu a cara. Sinistro, isto está pior do que eu imaginava.
Nunca votei em Cavaco Silva mas não me apoquenta que tenha ganho. Quanto a José Sócrates que é um osso duro de roer não me parece que lhe assente a pele de perdedor. Livrou-se do emplasto do poeta, tem o partido na mão e vai saber viver com o inquilino de Belém. Não o subestimem. Preferia que desse de frosques, mas não vai acontecer.
Pode-se dizer que teve uma grande vitória. Não votei, mas se votasse seria no médico sem discurso nem ideologia. Gostei de ver a alegria saudável daquela gente que o apoiou na sua campanha, a fazer contraponto com as caras de enterro da tontinha da Roseta e de outras figuras que andavam lá pelas salas do Altis. E depois associo-me à vitória de Mário Soares que não perdoa safadezas.
Entre os trambolhos dos comentadores televisivos que ontem analisaram os resultados das eleições presidenciais atribuo o óscar a António Vitorino que é um tipo muitíssimo inteligente. Admitiu que Manuel Alegre não tinha sido um bom candidato para o PS e que a sua derrota deveria ser discutida no interior do partido. Contracenou com o cinzentão de Rui Rio que nunca diz nada de interessante. O penteado retro de Judite Sousa acentuou o pirosismo que a senhora transpira por todos os poros. Noutro canal Manuel Maria Carrilho também não se saiu nada mal, pode ficar com o urso de prata. Quanto aos restantes já sabemos o que a casa gasta.
Faz amanhã onze anos que o antigo líder do PSI, acusado de corrupção, morreu na Tunísia onde se refugiou depois de escapar à justiça italiana. Mário Soares até chegou a visitar o amigo na estância balnear de Hammamet onde Bettino Craxi viveu na "maior" sob a protecção de Ben Ali, agora também ele um foragido de luxo. Mas que gente!
Ian Schrager, o empresário que foi sócio fundador do Studio 54 e inventou o conceito de boutique hotel está interessado em adquirir o mítico hotel Chelsea que ele diz ter um "historial muito sexy". Os donos desta landmark pedem 100 milhões de dólares. Mas há ainda na jogada André Balazs, um concorrente de peso. O confronto entre dois tubarões.