Nos longínquos anos 50 retratou o país cinzento e acabrunhado. Assumiu o papel de cronista num Portugal salazarento. Gérard Castello-Lopes morreu ontem em Paris, aos 85 anos. "Não pode haver humanismo no pleno sentido da palavra se não pusermos constantemente em dúvida as nossas convicções", afirmou numa entrevista. Cinéfilo, gostava de filmes que lhe remexessem as entranhas. Disse-me ainda que o livro
A Noite e o Riso de Nuno Bragança o tinha virado de avesso. Depois de desistir de fotografar pessoas, tentou captar aquela imagem que aparenta mostrar quando esconde a realidade.
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