quinta-feira, 30 de abril de 2015

Paisagens literárias

O escritor turco Orhan Pamuk disse numa entrevista ao The Guardian que sempre sonhou ser um pintor famoso. Se possível, como Anselm Kiefer de que é um grande admirador. Relatou ao jornal britânico como conheceu o artista alemão num jantar combinado em Paris. Desenhava desde os sete anos e ainda chegou a ter um pequeno estúdio em Istambul. De resto, este Prémio Nobel da Literatura além de ter escrito um livro com o título Museum of Innocence inventou um museu real. Concorda com Kiefer que a "arte é difícil, não é um entretenimento". De resto, o crítico Kriston Capps escreveu que a "arte espectáculo está totalmente em desacordo com o debate cívico na América". Critica os mega museus, desenhados por arquitectos estrelas, onde só entra uma minoria de artistas até porque não podem competir com a escala desmesurada dos edifícios. "Se os museus se estão a tornar parques de diversão onde vamos pendurar a arte?", pergunta Joel Kuennen num artigo onde refere o escândalo da retrospectiva de Björk, do doutoramento de Kanye West e da performance de Abramovic no MoMa. Misturar arte com celebridades sem mais nada, não parece ser uma boa ideia.

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