segunda-feira, 23 de julho de 2018

Sama Abdulhadi





Em 2010, a produtora e DJ Sama Abdulhadi foi a primeira pessoa a introduzir ritmos sujos na Palestina. Começou por assinar as suas faixas sob o nome de Skywalker, sem a menor idéia de que alguém chamado Luke já tinha tomado o apelido, mas ela nunca vira um único filme da saga Star Wars. Em 2017 começou a usar o seu nome próprio. Nasceu na Jordânia em 1990 e cresceu em Ramallah. A primeira festa que fez "ninguém entendeu e todos foram para casa". Depois de três tentativas fracassadas, acabou se envolvendo com a cena eletrônica que estava surgindo em Haifa, em Israel. "Havia músicos tocando música alternativa, como reggae e rock, as pessoas precisavam de se libertar da tradição das gerações anteriores e experimentar a novidade personificada pelo techno. Fui fui para a universidade de Beirute em 2008, onde vi DJs de todo o mundo. Foi uma completa revelação. Não terminei os estudos, mas o meu pai encorajou-se a ir em frente. Segui o seu conselho e fiz um ano de engenharia de áudio na Jordânia e depois matriculei-me no Instituto SAE, em Londres. Os meus pais ouviam Michael Jackson sem parar em casa. Eu escutei hip-hop, rock, rap e um pouco de pop, mas não apreciava a música árabe. Na Palestina a cultura musical é muito comercial. E foi só depois dos terminar o curso em Londres, quando fui ao Egipto em 2013, é que descobri um lado underground da música árabe que realmente gostava. Descobri artistas como Tamer Abu Ghazaleh, Maryam Saleh, Mohammed Sami, Ahmed Omran, Dina El Wededi, Nancy Mounir, Maurice Louca, Nadah El Shazly, Shadi El Hosseini e Fathy Salama. O Egipto é o coração da criação artística, cinematográfica e musical árabe. Desde então, tentei fazer mais projetos misturando essas diversas influências". Em 2016 criou a Awyav, uma editora de música que trabalha com artistas indie da Palestina, Líbano, Egito e Jordânia."Apresentamos techno, organizamos residências artísticas, negociamos os seus direitos autorais, depois gravamos e editamos as músicas", disse Sama numa entrevista.

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