Tem uma arreata de nomes, o conde de Siruela. Jacobo Fitz-James Stuart Martinez de Irujo (1954) é o terceiro filho da Duquesa de Alba que representa a nata da nobreza europeia. Entrevistei-o nos anos oitenta, na sua editora em Madrid, quando frequentava a
movida depois de ter encerrado a fase
hippy. Publicava livros de acordo com o seu sofisticado gosto, sem cedências ao mercado, e a revista
El Passeante de que conservo ainda meia dúzia de números. Depois de vender a editora no início de 2000 foi viver para uma casa de campo na Catalunha onde criou a
Atalanta, um projecto ainda mais elitista e com um cunho marcadamente artesanal. Continua a achar a tecnologia de Guttenberg perfeita e dirige-se a um público muito restrito. Publicou coisas estranhas como a
Historia de Genji, escrita por uma mulher japonesa do século X, um romance de um autor indiano desconhecido e ainda um livro sobre a vida completa de
Giacomo Casanova com prefácio de Félix de Azua. Jacobo privou com Truman Capote, Andy Warhol, Barbara Hutton, Paul Bowles, Peggy Guggenheim e Cioran. Mas, quando conversámos, foi a Jorge Luis Borges que atribuiu a categoria de seu mestre.
1 comentário:
Um Senhor Editor, olarecas ;)
Já «entendeste» o teu gravador? Já lhe falaste ao ouvido?
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