domingo, 10 de julho de 2011

Clara Ferreira Alves



Por vezes é irritantemente pretenciosa, mas quando se trata de ajuizar casos de machismo vulgar ou cultural que ainda impera nas sociedades ela revela nos seus artigos uma enorme lucidez. Nunca finge ser um homem. Vale a pena ler a Pluma Caprichosa do último Expresso onde aborda o sórdito caso onde está envolvido Strauss Kahn que "não é um santo, como pretendem os franceses que gostam do tipo de heróis libertinos...". Depois de referir o procedimento normal da justiça americana com o perp walk que tanto choca a hipocrisia europeia, Clara Ferreira Aves pergunta: "Quantos acusados no lugar dele teriam dinheiro para contratar uma caríssima firma de advogados especialistas de casos penais? Quantos teriam mandado dizer, com inteira segurança, que toda a defesa de DSK iria assentar sobre a descredibilização da suposta vítima? e quantos poderiam ter contratado os serviços de uma firma (TD Internacional) de especialistas (com ligações à CIA e outros serviços secretos) em pesquisa de ligações obscuras, para invistigar ao pormenor todo o passado e declarações da suposta vítima? Quantos libertados sob fiança poderiam alojar-se numa casa de Manhatan de 50 mil dólares por mês? E, por fim, quantos conseguiriam que, na batalha de relações públicas, os jornais publicassem informação relevante antes dos atos praticados em tribunal?"

Boas perguntas.

4 comentários:

Aurora disse...

Uma boa pergunta seria esta: O que foi fazer Clara Ferreira Alves na reunião BILDERBERGUE?

Ana Cristina Leonardo disse...

Também acho, Aurora, que essa é uma boa pergunta. Hipótese de trabalho: a vaidade é o pecado capital

Lourdes Féria disse...

Não vejo qual é o mal da jornalista CFA ter ido a Bilderbergue. Não esteve lá também o bonzinho do Bono?
Quanto a vaidades há por aí muitas variantes.

Anónimo disse...

Que o Bono tem a ver com isso? Se doeu por ela?!!