Várias instituições da arte contemporânea espanhola, incluindo galeristas e curadores, pedem a destituição de
Consuelo Císcar do cargo de directora do IVAM (Instituto Valenciano de Arte Moderna) que detém desde 2000. Reclamam um substituto com "um perfil e uma trajectória desvinculada da ordem política". A senhora, licenciada em gestão empresarial, começou por ser militante do PSOE e depois mudou-se com armas e bagagens para o PP que entretanto tinha ganho a governação autonómica e do país. Verdade se diga que a alpinista Consuelo, além de pirosérrima, não percebia nadinha de arte. "Converteu o Centro Cultural numa caricatura de si mesmo, mas só agora o seu trabalho é questionado, como sublinha Rosa Olivares num artigo na revista
Exit. "Muitos dos que lhe devem favores, que encheram os bolsos graças à sua generosidade e comeram na sua mão contestam-na sem o mínimo pudor", acrescentou. Fundado por Tomás Llorens, o IVAM foi a seguir administrado pela socialista
Carmen Alborch, que contava com o competente apoio artístico de
Vincent Todoli. Esta socialista, no topo do regime de Felipe Gonzalez, disfarçava melhor a ignorância mas também ostentava um visual estridente. E mais: era completamente enfeudada ao poder político. Coisas de cá e lá.
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