Em nome da transparência, o jornalista do Jean Quatremer publicou este livro onde questiona o "journalisme à la française". Um jornalismo que "se rende muitas vezes ao Estado e às conveniências". Bate forte no santo conceito do respeito pela vida privada, o que permite aos poderosos do dinheiro e da política beneficiar de uma verdadeira impunidade. É preciso acabar com a omerta, esse tabu da imprensa francesa que remonta aos anos 70 quando George Pompidou introduziu o artigo 9 no Código Civil. Sobre Dominique Strauss-Khan, um personagem sinistro, já tinha avisado antes dos últimos escândalos que ele iria colocar a França numa posição bastante incómoda. Recebera informações de colaboradores do FMI e do Banco Mundial, conhecia o affaire Piriska Nagy que estava disposta a encontrar-se com ele, mas o antigo director do jornal onde trabalha impediu-o de fazer a reportagem, dizendo que era "uma relação consentida entre adultos". Em 18 de Outubro de 2008, o Wall Street Journal fala abertamente de assédio sexual, relatando as atitudes de DSK em Budapeste, Argentina, Washington e etc. Até nas casas de banho do FMI tentou abusar de mulheres. "Desde que Nicolas Demorand passou a dirigir o Libération as coisas mudaram. É de ressaltar a sua coragem", afirma o autor do livro Sexe, mensonges et médias. Na verdade, o seu antigo patrão Laurent Joffrin é amigo de DSK que se propõe lançar um clube de reflexão sobre as ideias sociais-democratas. A estratégia parece ser apoiar François Hollande e voltar à política. DSK deve a sua suposta popularidade, agora nas ruas da amargura, à ajuda de certos médias e também pela via das sondagens que pertencem à agência RSCC, o cérebro que lhe atribuiu uma "competência excepcional" desmentida pelos factos. Nem sequer previu as desventuras do euro e têve quatro anos para agir.
adios amigos
Há 9 anos
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