Acaba de inaugurar na galeria
Monumental uma exposição de
Mimi Tavares com o título de
Vacant. Depois da fase eminentemente pop, a mais decisiva da sua trajectória e de que conserva ainda resquícios, esta artista debruça-se sobre os objectos e a maneira como reflectem a luz. Diz ela que "estes núcleos de trabalhos foram desenvolvidos como estudos sobre a penumbra e a forma particular como os espaços e os objectos se vão revelando ao nosso olhar e se vão tornando identificáveis à medida que se destacam da obscuridade". Digo eu que lhe interessam aspectos inerentes à autonomia da pintura de sempre: a cor, a forma, a superfície e o gesto. Gosto especialmente das salas de aula vazias que transmitem sensações angustiantes e ao mesmo tempo nostálgicas. Mimi conjuga o manejo dos pincéis com passeios intensos pelas bandas, a desenhada e a musical do
Ena Pá 2000 onde participa.
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