segunda-feira, 11 de junho de 2012

Lee Miller


O Paris de entre guerras foi o último olimpo de umas vanguardas que nunca mais coincidiram como a da chamada Moveable Feast de que falava Ernest Hemingway. Nessa época a vida junto ao Sena era muito mais excitante que nos Estados Unidos de onde veio Man Ray, "famoso artista americano dadá", em 1921. Oito anos depois encontrou ali Lee Miller que se tornou sua musa, sua aluna e sua amante. Conviveu com o grupo surrealista e ao largo dos anos retratou todas figuras importantes do movimento. Trabalhou para as revistas Vogue e Vanity Fair. Em plena Segunda Guerra Mundial, fixada em Londres, durante as manhãs fotografava vaporosas colecções de moda e à tarde as ruínas provocadas pelas bombas da aviação nazi. O luxo e a desolação, a frivolidade e a morte. Mais tarde reuniu as suas recordações do Blitz no livro Grim Glory. Em 1942, creditada como fotógrafa do exército americano, assistiu à libertação da capital francesa. Captou ainda imagens dos horrores do campo de Dachau onde ficaram restos de cadáveres regados com gasolina que os alemães não tiveram tempo de incinerar. Era uma mulher lindíssima e fascinante.

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