sábado, 16 de abril de 2016

Tadanori Yokoo


O designer gráfico Tadanori Yokoo chegou a Tóquio em 1960, quando um clima de desobediência civil pairava na cidade. Havia vários movimentos estudantis radicais. Um timing perfeito. Tinha 24 anos e queria ser pintor. Misturava a pop art de Andy Warhol com o psicadélico de Peter Max nas tradicionais xilogravuras japonesas, conhecidas como ukiyo, e nos cartazes para produções teatrais e lançamentos de filme. As suas obras tornaram-se poemas visuais loucos. Logo se encontrou no epicentro de todas as criações vanguardistas. Colaborou com o escritor Yukio Mishima, no teatro radical de Shuji Terayama, e protagonizou filmes de Nagisa Oshima. Depois de uma viagem a Nova Iorque em 1967, onde conheceu Andy Warhol, Robert Rauschenberg e Jasper Johns, a cultura ocidental descobriu a sua estética inimitável. Foi adoptada por bandas de rock como os Beatles, Santana ou Emerson, Lake & Palmer. As sua imagens oníricas também surgiram no cartaz de um filme de Roger Corman. Foi homenageado, em 1972, com uma exposição individual no MoMA. Actualmente, aos 79 anos, deu o nome a um museu de arte contemporânea em Kobe.

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