quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Sarah Moon

A melancolia romântica da fotografia de Sarah Moon é desconcertante. Sem recurso ao retoque, os seus modelos parecem habitar mundos fantásticos. Um trabalho mais alinhado com a pintura impressionista do que com a fotografia de moda. Descreve o seu processo fotográfico como uma viagem através do subconsciente. "Eu começo a partir do nada ...por imaginar uma situação que não existe", afirmou. Iniciou a carreira de modelo na década de 1960 com Helmut Newton, Guy Bourdin e Irving Penn. Nos anos 70 decidiu dedicar-se à fotografia, mais como um hobby. Mas as suas imagens logo chamaram a atenção da elite da moda. Fez editoriais para a Vogue France, campanhas para a Cacharel e trabalhos saturados de cor para a Comme des Garçons. Talvez o mais memorável sejam as suas fotografias para a Biba, a icónico boutique de Londres, produzidas em colaboração com a fundadora da casa Barabara Hulanicki com quem compartilhava uma paixão pelas estrelas do cinema mudo. Mais de 35 anos depois, Sarah Moon voltou ao tema do cinema mudo, baseando-se futurismo nostálgico de Metropolis, o filme de Fritz Lang. Na sua colaboração com a campanha da NARS, as modelos Anna Cleveland e Codie transformam-se em cyborgs sensuais, vestindo corpetes translúcidos e capacetes.

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