sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Relatório do Economist

The Economist publicou o seu relatório anual, "Índice de Democracia 2016", sobre o estado da democracia no mundo, elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo editorial. A novidade é que a América pela primeira vez, já não é uma "democracia plena", mas "uma democracia imperfeita". E os analistas concordam que não se deve a Donald Trump. Não tem a culpa do declínio da democracia nos Estados Unidos. Em vez disso foi causada pelos mesmos factores que o levaram à Casa Branca.
O estudo baseia-se em cinco critérios básicos: sistema eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionamento do governo, nível de participação política e a diversificação de culturas políticas. As quatro categorias específicas atribuídas às nações são:democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido e regime autoritário. O relatório é acompanhado por uma análise da evolução da democracia e transformações sociais em curso. Para o ano de 2006, o título escolhido por The Economist foi: "A Vingança dos pobres" ou "A Vingança dos Deploráveis", o termo foi usado por Hillary Clinton quando insultou os eleitores de Trump durante a campanha eleitoral. América não é mais uma "democracia plena", desceu para o patamar de "democracia imperfeita". Com Barack Obama. Só pode. Não esquecer que o relatório se refere a 2016. E que o Economist nunca demonstrou qualquer simpatia por ideologias de direita. Sempre representou os interesses das empresas ocidentais e elites financeiras. Mas nas suas conclusões admite o fracasso de uma classe dominante inteira, não só nos EUA, mas também na Europa. Entre 2006 e 2016, o nível de democracia global diminuiu particularmente na Europa e nos Estados Unidos. Vários factores explicam o declínio da democracia no Ocidente: Desconfiança das instituições políticas, fracasso dos governos em dar respostas aos cidadãos, papel cada vez mais proeminente de tecnocratas não eleitos, o declínio da participação política e restrições às liberdades civis. A Noruega mantém o seu lugar no topo com um quase perfeito 9.93 de 10, enquanto a Coreia do Norte permanece enraizada no fundo da tabela.

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