sábado, 22 de julho de 2017

Encostada às cordas

A Newsweek viu-se obrigar a apagar dois artigos de Kurt Eichenwald depois de um acordo alcançado com um ex- jornalista da Sputnik. A revista acusava a agência de noticias de arranjo com a campanha de Donald Trump. Inventou que Trump tinha sido internado numa clínica psiquiátrica e disse que funcionárias da agência eram espiões e não jornalistas.Tudo começou quando William Moran, atribuiu por engano um artigo de Eichenwald como sendo de Blumenthal. O artigo com a informação incorrecta ficou no ar durante 20 minutos, tempo o suficiente para que o jornalista percebesse o erro e apagasse o texto do site. O erro, porém, foi reproduzido por Trump num discurso, o suficiente para que o Eichenwald moldasse a história de conspiração entre a agência e os republicanos. Moran entrou em contacto com ele para se explicar. Mas acabou por receber uma oferta de Trabalho na New Republic em troca do seu silêncio. Portanto, tentou comprar o jovem jornalista de 29 anos que recusou o emprego e preferiu denunciar a atitude publicamente. Entretanto, devido ao escândalo, foi despedido da Sputnik. Depois da cenoura, o famoso editor da Newsweek e colaborador da Vanity Fair mostra a vara. Intimida e até fala de saber, "devido aos seus conhecimentos nas agências de inteligência" que Moran constava do arquivo do FBI.  Mas podia interceder se..."Einchenwald é, claro, não podia conhecer a vida de Moran. Filho de um veterano da Marinha debilitado com frequentes entradas e saídas do hospital, trabalhou duramente para entrar na Georgetown Law. Foi aceite no programa de MBA em Oxford mas teve de voltar para casa, quando a mãe trabalhadora dos Correios dos EUA, adoeceu com fibrose pulmonar. Assumindo o encargo financeiro da família aceitou um cargo no Sputnik" (Via Paste)
Recentemente graduado em Direito, Moran decidiu colocar acções legais contra a Newsweek e, apesar de enfrentar uma equipa de advogados altamente remunerados, conseguiu levar a publicação on-line a um acordo humilhante obrigando-a a apagar as contestadas. Num comunicado, informou: "O processo foi resolvido de forma amigável e com toda a satisfação. Após o acordo, a Newsweek removeu as duas reportagens. Eu entrei neste caso antes de ser licenciado como advogado e lutei contra a mega empresa de advocacia Pepper Hamilton (uma empresa com 13 escritórios e mais de 500 advogados). Isto prova que a justiça americana funciona". Os termos do acordo não foram revelados porque a Newsweek exigiu confidencialidade.

Sem comentários: