Uma exposição com o título de "Protoself" da artista californiana Kristen Sanders está até 8 de Julho na Galeria Asya Geisberg, em Nova Iorque. Como sugere o título do programa, a investigação da artista incide sobre o cerne do que nos torna humanos. O seu trabalho circula entre o passado extremo dos hominídeos há milhões de anos – e o futuro cada vez mais próximo dos robôs com poderes sobre-humanos e inteligência artificial. O seu trabalho postula que aspectos comportamentais como fazer uma marca, ou a primeira obra de arte não utilitária, devem ser valorizados antes da evolução corporal. Ao considerar esses momentos decisivos para o pré-humano, podemos reformular o pós-humano. As imagens, muito apelativas, mostram manequins com a boca aberta, máscaras sem olhos e peles sintéticas murchas, algumas moldadas pela própria artista. A esses tropos surrealistas, ela acrescenta conchas, fósseis, linhas esculpidas na areia e ferramentas primitivas. Confundidas com símbolos pós-humanos futuristas, certas pinturas remetem para a ficção científica.
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