quarta-feira, 9 de setembro de 2009

No espírito da letra

Via Expresso, Luis Carvalho
Morreu João Vieira, um amigo. Também pintor. Também cenógafo. Também encenador. Entre outras coisas tinha um pé no fazer artístico, no teatro e até, de certa maneira, na poesia. Bom garfo, envolveu-se nas lides gastronómicas, teve um restaurante em Azeitão que durou pouco. Atrás da cortina das letras, no ruído da cor, encenava um discurso visual enigmático. Andou desintegrado da época em que surgiu, o que neste caso significa estar à frente. Privei com ele nas tertúlias dos cafés, nas mesas do "Manel" no Bairro Alto, no atelier do António Inverno, sei lá...foram tantos anos de convívio. Era um grande conversador, transformava as assuntos banais nas coisas mais interessantes do mundo.

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