sábado, 31 de dezembro de 2016

Jon Kortajarena

O modelo e actor espanhol Jon Kortajarena fotografado por Thomas Whiteside em Nova Iorque com estilismo de Juan Cebrián. Num editorial para a revista Harper`s Bazar Espanha de Janeiro 2017.

Bom negócio


O músico britânico Eric Clapton fez um óptimo negócio no mercado da arte. Acabou de vender em leilão um trabalho de Gerhard Richter por 22,1 milhões de dólares. O membro menos talentoso dos Cream desfez-se do último dos três Richters abstractos que tinha adquirido em 2001 num único lote por 3,4 milhões. Fazendo as contas, renderam-lhe 77,3 milhões nos últimos anos. Obteve, portanto, um lucro, fabuloso. ("Mesmo agora, a galerista Marian Goodman aumentou os preços de Richter, a seu pedido, apenas para compensar essa disparidade e desencorajar a especulação. (Randy Kennedy, The New York Times, 16 de Dezembro de 2016)

Paul MacCarthy

Até 4 de Fevereiro a Hauser & Wirth de Nova Iorque apresenta uma exposição de Paul McCarthy com o título de Raw Spinoffs Continuations. Voltando ao seu fascínio permanente com a iconografia e o mercantilismo da lenda da Branca de Neve da Disney, o artista propõe uma série de esculturas maciças, descascadas e lascadas que estão espalhadas por todo o espaço cavernoso da galeria. Estas obras marcadas pelo o humor e o comentário irreverente, definem a sua prática desde há anos. A profundidade da visão escultural transforma-se num campo assustador de corpos torcidos e pervertidos por uma abordagem das formas nada convencional. É como se as figuras tivessem sido violentamente desfiguradas ou danificadas no processo de criação. Enfatizam o vazio, a ausência de vida das criações mecanicista das empresas de ícones culturais.

Qual feminismo?


Madonna fez um inflamado discurso sobre sexismo, idade e misoginia na Billboard Women in Music. Mas a feminista Camille Paglia, uma das intelectuais mais relevantes e lúcidas do mundo, desmontou aquela patética performance. "Em vez de lúgubres rancores e histórias de recriminações, talvez devesse tentar uma autocrítica honesta. É uma das artistas mais criativas e influentes mulheres da era moderna. Transformou a música e produziu vídeos impressionantes que se destacaram entre as principais obras de arte do final do século XX. Quebrou o poder das puritanas estalinistas do feminismo da velha guarda e foi instrumental no triunfo do feminismo pró-sexo na década de 1990. Por isso, é verdadeiramente trágico ver Madonna descer em exibições embaraçosas de auto-piedade e acusações irracionais contra os outros. Ela está se transformando numa horrível combinação da delirante e vampirica Norma Desmond e a amarga Joan Crawford da garrafa. Fui a primeira grande defensora de Madonna, quando ela ainda era considerada uma galdéria pop e um fantoche criado por produtores masculinos sombrios. Em 1990 no New York Times elogiei o seu trabalho. É ridículo que agora venha dizer que desejava aliar-se com outras mulheres no início da sua carreira e não encontrou receptividade. Por exemplo, em 1994, a revista Esquire pediu-me que a entrevistasse para uma capa, mas ela rejeitou a proposta. Então, convidaram o romancista geriático Norman Mailer que não sabia nada sobre música popular, com resultados previsivelmente vagos. A televisão HBO queria filmar Madonna conversando comigo num restaurante e ela recusou a proposta. A Penthouse também propôs uma história de capa conjunta que não foi editada. A verdadeira questão é que, embora as tournés mundiais de Madonna tenham sido muito bem-sucedidas, o seu desenvolvimento artístico está paralisado há 20 anos. O último trabalho verdadeiramente inovador que fez foi com o produtor de electrónica William Orbit. Tornou-se uma prisioneira da riqueza e da fama. As suas ideias mais autênticas foram inspiradas pela sua rebelião na adolescência contra o código repressivo do catolicismo americano. Quando mudou para a Kabala chique de Hollywood, com sua ética fácil, perdeu o seu impulso criativo. Colecciona arte por puro exibicionismo mas obviamente não ampliou ou aprofundou a sua imaginação. A questão número actual é a sua incapacidade embaraçosa para lidar com o envelhecimento. Não conseguiu seguir o exemplo de Marlene Dietrich que manteve a classe e estilo até o fim. Madonna continua perseguindo a juventude, humilhando-se com exibições vulgares, como a horrenda roupa trashy que usou no Metropolitan Museum of Art Gala. Tornou-se um pastiche com as extensões de cabelo louro e artificial, as bochechas inchadas que obscurecem a magnífica estrutura óssea clássica que fez dela uma das celebridades mais fotogénicas da década de 1990. Na sua luta para permanecer relevante, degradou-se com Instagrams adolescentes e ineptos que não pode competir com o trabalho brilhante de Rihanna nesse género". (Via Daily Mail)
Camille Paglia não falou da degradante declaração pública de fazer "broches", prática em que era mesmo boa, aos que votassem em Hillary Clinton. Sim, da rainha da pop. Perdão, da ordinarice barata barata. Qual feminismo? Qual transgressão? Não confundir as coisas. E já agora a foto.

Censura da Internet

O líder do M5s acusa as instituições italianas de quererem censurar a Internet, a propósito de uma entrevista de John Pitruzzella ao Finantial Times sobre as "noticias falsas e a necessidade de uma rede de organismos nacionais independentes capazes de identificar e remover essas fraudes". Beppe Grillo condena as palavras de Pitruzzella falando da nova inquisição: "Estão todos unidos contra a web, agora que ninguém lê jornais e mesmo aqueles que os lêem não acreditam nas suas mentiras, os novos inquisidores querem um tribunal para controlar e condenar aqueles que os criticam...Mas isso não nos vai deter", adverte .O movimento Cinco Estrelas tem sido muitas vezes rotulado como o principal produtor de notícias falsas na Itália. Os burocratas de Bruxelas pretendem decidir qual é o conteúdo da Internet mais apropriado para o grande consumo europeu. "Aliados de Matteo Renzi, o ex-primeiro-ministro, também se queixaram de que notícias falsas contribuíram para a sua derrota no referendo de Dezembro sobre a reforma constitucional, apesar de ter perdido por uma margem de 20 por cento. Pelo menos não culparam hackers russos ... ainda" (Zero Hedge)

Ameaça a Bilderberg

Um grupo de hackers anónimos enviou uma mensagem para os 150 "Ricos e políticos elitistas 1% Dominant Pricks" que se reúnem cada ano na conferência anual conhecida como "Bilderberg Meetings". Os hackers, que se referem a si mesmos como o Movimento Hackback dizem a esses exploradores dos fracos que lhes dão um ano para remediarem o seu mau comportamento. "Caros membros do Bilderberg, a partir de agora têm 365 dias para trabalhar verdadeiramente em favor dos seres humanos e não dos seus interesses privados". E endurecem o tom das ameaças. "Nós controlamos os seus carros caros, controlamos os seus dispositivos de segurança, controlamos os computadores dos seus filhos e o telemóvel das suas esposas, lemos os seus e-mails, estamos dentro dos seus bancos e sabemos tudo sobre os vossos activos...Vocês não estão seguros em qualquer lugar perto da electricidade". Muito divertido. O mundo está perigoso.

Independência da Califórnia

O movimento separatista Yes Califórnia abriu a sua primeira delegação no exterior. Precisamente em Moscovo. Instalados nas instalações de um instituto de pesquisa na região noroeste da capital russa, os escritórios são denominados de "Embaixada" por Louis Marinelli, fundador do grupo independentista que já conta com 29 mil seguidores no Facebook. Fotos de Fidel Castro, Che Guevara, Hugo Chávez e Assad estão penduradas numa das paredes. Um retrato de Vladimir Putin ocupa um lugar de honra junto da bandeira russa. Segundo Marinelli, a Califórnia deve deixar a "casa disfuncional" da USA e, através do seu vice-presidente Marcus Evans Ruiz, autor do California`s Next Century, pensa organizar um referendo em 2019. O grupo conta com o apoio do Movimento Anti-Globalista da Rússia, liderado por Alexander Ionov, que promove causas separatistas noutros países e mantém relações com grupos de extrema direita e extrema esquerda na Europa e nos Estados Unidos. Os meios de comunicação próximos do governo russo, pretendem mostrar o "colapso dos EUA", de acordo com Alexey Kovalev que é um ex-funcionário da agência Novosti.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Kate Bush


Estado Islâmico

A província de Racqa do Estado Islâmico (IS) na Síria lançou um vídeo focando crianças, filhas de lutadores estrangeiros mortos, no seu treino militar para executarem os "Apostates". Os relatórios semanais do SITE Intelligence Group fornecem macro-análises periódicas dos grupos extremistas com base em comunicados oficiais. A Nashir Media Foundation publicou ontem duas mensagens que incitam lobos solitários no Ocidente e na Europa, em particular, a transformar a época natalícia em dias de "terror e sangue" e advertiu os muçulmanos para não participarem de celebrações cristãs ou a evitar as suas localizações.

Oliver Stone ao ataque

O cineasta Oliver Stone lamenta que o seu país viva uma profunda instabilidade. "Não somos capazes de traçar as linhas do nosso interesse nacional. Trata-se do emprego e economia, da segurança nacional ou de agir como polícias do mundo?" Critica o New York Times e o Washington Post com a sua visão estagnada de um mundo da Guerra Fria dos anos 50 em que os russos são os culpados de tudo. "Aparentemente, a CIA, o FBI, a NSA, o Director de Inteligência Nacional James Clapper (que notoriamente mentiu ao Congresso no caso de Snowden), o Presidente Obama, o DNC, Hillary Clinton e o Congresso concordam que a Rússia e Putin são responsáveis. Certamente, o psicótico senador John McCain está ao lado desses patriotas, qualificando Putin de vândalo, mentiroso e assassino. O homem que escolheu Sarah Palin como sua candidata a vice-presidente em 2008. E o New York Times publicou um artigo na primeira página, concordando claramente com o ponto de vista de McCain. Não me lembro dos presidentes Eisenhower, Nixon ou Reagan, nos dias mais sombrios dos anos 50/80, ofenderem um presidente russo como este. A invectiva era dirigida ao regime soviético, mas nunca foram Khrushchev ou Brezhnev o alvo. Acho que esta é uma nova forma da diplomacia americana". Lembra ainda que o NYT e outros meios de comunicação tradicionais têm evitado surpreendentemente qualquer evidência contrária, como a apresentada por Craig Murray, ex-embaixador e porta-voz do Wikileaks que diz que lhe foi entregue a informação num parque de Washington por um "insider" democrata que estava indignado com o comportamento do DNC. "Foi uma "fuga" e não um "hack". Sempre me pareceu a fonte provável para este escândalo, como também acho que culpar a Coreia pelo vazamento da Sony é outra falsidade. E se isso fosse investigado adequadamente, poderia muito bem levar à descoberta de que este era o momento Nixon de Hillary Clinton".
Se calhar Oliver Stone ainda faz um filme sobre esta história. Concordo com ele, quando afirma que o NYT e o Washington Post não irão publicar as dissidências das teses oficiais e portanto, "devemos nos refugiar em meios alternativos, como Consortiumnews, The Intercept, Naked Capitalism, Counterpunch, Zero Hedge, Antiwar.com ou Truthdig..." ´São as minhas fontes desde há uns meses quando comecei a perceber as tramas. E o cineasta refere ainda as famosas notícias falsas, mas as do New York Times em que "os editoriais tornaram-se diatribes ultrajantes, muitos deles presumivelmente escritos por Serge Schmemann, um desses ideólogos que ainda encontra russos debaixo da sua cama à noite". (Via Zero Hedge)

Anthony Bourdain

Anthony Bourdain deixou bem claro numa entrevista hoje que não é fã de Donald Trump. "Viver no mundo actual onde se verifica uma ascensão do autoritarismo pode ser motivo de preocupação. Eu acho que é uma tendência global", disse. Mas também criticou as elites liberais privilegiadas da costa leste que desprezam os americanos da classe trabalhadora. "Parece-me inútil e nauseabundo que tratem esta gente como ridícula e idiota. É também por isso que a chocante presidência de Trump não é nada mais do que a revolta do povo contra essas elites". O célebre chefe atacou duramente a onda do politicamente correcto artificial que varreu o país. "Odeio isto. A maneira como o discurso considerado ofensivo e desagradável é muitas vezes banido das universidades. Não acho bem que os comediantes sejam demonizados. A comédia existe, tal como a arte, para tornar as pessoas desconfortáveis e desafiar os seus pontos de vista", salientou. Na sua opinião, o tom das elites democratas repetindo e repetindo as atrocidades da oposição "não vai ganhar os corações, não muda as opiniões de ninguém, só as solidifica e torna as coisas piores para todos nós". Bourdain detesta mais figuras como Bill Maher do que propriamente Trump. "É um exemplo clássico do sujeito sorridente, desdenhoso e privilegiado que vive numa bolha e não quer olhar para fora dela.

Fun


Comunista improvável

Durante um passeio com a sua família em Los Angeles, Kim Kardashian vestia uma camisola vermelha com a foice e o martelo estampados na manga. O símbolo comunista introduzido durante a Revolução Russa, chamou a atenção dos medias sociais, provocando uma onda de reacções. Alguns mostraram-se indignados e outros gostaram da ironia. Logo surgiram as teorias de conspiração conectando-a com Vladimir Putin. A associação foi esta: Kanye West afirmou apoiar Donald Trump que parece admirar o presidente russo e a sua capacidade de liderança. Infelizmente para todos os teóricos da conspiração, Kim não estava fazendo uma declaração política com esta peça da Vetements, uma marca francesa que custa 770 dólares. Excessivamente cara.

Estilo 2016

Rapper, produtor e designer. Kanye West até pode ser paranóico. Incendeia a indústria da música, faz comentários polémicos, mas é um homem com imenso estilo que sabe projectar a sua imagem. Dentro do casual, usa marcas de gama alta que custam caro. Descreve o seu estilo único como "Pop Luxe". Por vezes incorpora peças sobrepostas, criando contrastes personalizados. As botas Timberland são um clássico intemporal que parece surgir de forma consistente no seu guarda-roupa. Um item durável, básico que funciona bem com um Carhartt Bomber Jacket, um Schott Raced Jacket, jeans ou hoodies.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Campanhas 2016


Estas foram as campanhas de moda que mais apreciei em 2016. Young Thug com calças de couro dourado fotografado Tyrone Lebon para a Calvin Klein. Num anúncio clicado por David Sims, vemos o imperador pálido encarnado por Marilyn Manson lançado pela Marc Jacobs. Na campanha Fantasy Lightning da Louis Vuitton, o criativo da marca Nicolas Ghesquiére mostrou o seu apreço pelas coisas de ficção científica. Divertido o anúncio Palace x Reebok protagonizado pelo actor Jonah Hill que se destacou na comédia. E, por último, a ironia do ano veio da campanha JW Anderson do tamanho de um selo postal. Brilhante. Até porque desconstrói a imagem da moda. Mal se vê, mal se percebe.

Lenny Kay

Lenny Kaye, o guitarrista e compositor mais conhecido por ser um dos fundadores da Patti Smith Group, fez 70 anos na passada terça-feira. Deu um concerto de aniversário no lendário Bowery Ballroom, em Nova Iorque, em que participaram muitos colega músicos e amigos. Esgotado. Kaye, que cresceu em Nova Jersey e trabalhou com todos desde REM até Suzanne Vega, relembrou o seu amor pelo Lower East Side onde tudo aconteceu. Patti Smith juntou-se à banda para cantar Pissing in a River e Free Money. Amanhã, a banda actua no Riviera Theatre de Chicago.

Shiv Sena

O prazo de 50 dias estabelecido pelo primeiro-ministro Narendra Modi para os problemas devido à desmonetização levou Shiv Sena, um membro do governo indiano a renovar as suas críticas, perguntando o que a nação deveria fazer depois de 30 de Dezembro. A implementado da desmonetização seria para obter o dinheiro negro escondido no exterior no país, mas nem uma única moeda voltou até agora. "Mas o homem comum sofreu imensamente nesta situação toda", disse Uddhav Thackeray que é o líder do Shiv Sena num comício em Mumbai. O partido tem criticado o desmantelamento súbito das notas de 500 e 1.000 que criou" uma crise de dinheiro, incomodando as pessoas". E acrescentou: "Parece que as brechas na lei são deliberadamente mantidas para os ricos, enquanto o homem comum é suposto ser esmagado sob o peso da mesma lei". Apesar de serem aliados no Estado, o partido Bharatiya Janata (BJP) e o Shiv Sena têm tido relações intermitentes ultimamente,

Let`s Eat Grandma

Esta dupla inglesa é formada por Jenny Hollingworth de 18 e Rosa Walto (17) que são amigas desde os 4 anos. Criaram uma pop experimental implacável que inclui instrumentais de quase três minutos de duração e episódios de rap. Viram que havia uma lacuna no mainstream pop e sabem como preenchê-la. O título da banda é divertido: vamos comer a avó.

People Walker


 People Walker é um serviço baseado em Los Angeles de profissionais que são pagos para levarem as pessoas a fazer caminhadas. Num mundo onde psiquiatria para cães é uma prática real e há pessoas que contratam um personal shopper, faz este trabalho de acompanhante de caminhadas. É mais um exemplo do empreendedorismo americano. Depois de estar desempregado durante uns meses, Chuck McCarthy, decidiu que as pessoas precisavam de um companheiro para os seus passeios. Cobra 7 dólares por milha em passeios pelas ruas e parques da área de Los Angeles. Vai conversando sobre qualquer assunto. O negócio parece estar a correr bem. McCarthy já contratou alguns funcionários caminhantes e também criou recentemente o Internacional Walking Association. um fórum para partilhar e discutir as melhores práticas e técnicas.

Dinheiro falso

No início deste ano, Curtis Jackson III (aka "50 Cent") levantou algumas preocupações à sua juíza de falência, Ann Nevins, depois que ele postou um par de fotos mal-aconselhadas no Instragram de si mesmo posando com 100.000 de dólares em dinheiro. Mas depois de ter sido convocado para   explicar essas imagens no tribunal, o músico envergonhado foi forçado a admitir que o dinheiro era falso. Segundo o Wall Street Journal, sete administradores de falências todo o país estão descobrindo que esta prática tornou-se uma moda nas redes sociais esta prática.

Legado de Obama


Obama disse estar"confiante" de que poderia ter derrotado Trump em 2016 e deu a entender que Hillary Clinton perdeu, não por causa dos seus fracassos na Casa Branca, mas porque ela era preguiçoso, complacente, chata e arrogante . Embora a sua escolha das palavras do ainda presidente tenha sido menos directa. Sam Stein, o editor da política do Huffington Post, comentou no Morning Joe da MSNBC o legado político de Obama afirmando que ele destruiu Partido Democrata. "Deixa-o numa posição muito pior. Os estados foram dizimados, perderam o controle da Câmara e do Senado.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Kate Plays Christine

Há um elemento de mistério inexplicável no comportamento humano. O documentário Kate Plays Christine do cineasta Robert Greene explora o complexo e enigmático caso de Christine Chubbuck, uma jornalista americana de 29 anos que se suicidou ao vivo na televisão em 1974, quando apresentava o seu programa diário. O filme teve um prémio especial bo Sundance Festival e foi apresentado no DOC Lisboa.

Acusações

Ontem, num discurso em Ancara, o presidente turco Erdogan garantiu que Os Estados Unidos e as forças de coligação "dão apoio a grupos terroristas, incluindo Daesh, YPG, PYD. É muito claro. Temos confirmada a evidência com fotos, fotos e vídeos". Segundo relatórios classificados, o Estado Islâmico foi criado como uma ferramenta do Pentágono para derrubar Assad. Também Moscovo acusou Washington de "patrocinar o terrorismo" na Síria. Comentando a última Lei de Autorização de Defesa Nacional assinada pelo Presidente Barack Obama, o Ministério das Relações Exteriores russo declarou que o novo projecto "estipula abertamente a possibilidade" de entregar mais armas aos "rebeldes" na Síria e acrescentou que a entrega das armas aos "jihadistas", seria visto pela Rússia como um "acto hostil ". Hossein Dehghan, o ministro da defesa iraniano, defendeu a mesma argumentação. Afirmou que Washington não tinha condições para desempenhar um papel sério na luta contra o Estado Islâmico. "Alem de incentivar o terrorismo com as suas jogadas políticas, agora quer que eles permaneçam no Oriente Médio", sublinhou.

Paz na Síria?

A Turquia e a Rússia chegaram a acordo para um cessar-fogo na Síria. De acordo com a agência de notícias turca Anadolu, terá como objectivo colocá-lo em vigor à meia-noite. Mas, pode haver um obstáculo. Ancara não aceita que o presidente Bashar al-Assad permaneça no poder. Mas, o mais significativo é que não só marginalizaram os Estados Unido como também ridicularizaram a ONU quando disseram na semana passada que estavam prontos para ajudar a negociar um acordo de paz depois de terem reunido em Moscovo onde adoptaram uma declaração que estabelece os princípios de qualquer acordo. Quanto à posição da Turquia sobre Assad pode mudar, até porque o ministro dos Negócios Estrangeiros turcos declarou à Reuters que o mais importante era combater o terrorismo. Os detalhes do acordo de cessar-fogo ainda não foram oficialmente apresentados às facções, Erdogan disse que a Arábia Saudita e o Catar, os dois países que são considerados responsáveis por criar, financiar e armar o Estado islâmico, devem se juntar à reunião com a Rússia e o Irão para discutir os esforços de paz na Síria.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Top Gun


A única top gun do Afeganistão pediu asilo político aos Estados Unidos, o que provocou uma onda de críticas no seu país. Foi acusada de traição, mas também contou com o apoio de activistas. Tudo começou quando Niloofar Rahmani, uma mulher piloto de 25 anos de idade, decidiu não voltar. Na véspera da sua partida, após um curso de treino de 15 meses com a força aérea da EUA  anunciou que não regressaria devido aos temores pela sua segurança. A jovem surgiu como um símbolo de esperança para as mulheres afegãs quando apareceu na imprensa em 2013 vestida com botas de combate, macacão de caqui e óculos de aviador. No ano passado ganhou o prémio Women of Courage do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Mas com a fama vieram as ameaças de morte e enfrentou o desprezo dos seus colegas masculinos. Numa entrevista em Cabul, disse que sempre usava uma pistola para se proteger. Algumas das críticas mais violentas sobre  a sua decisão vieram de mulheres. A foto-jornalista Maryam Khamosh escreveu no Facebook. "Às vezes eu desejava ser Niloofar para poder voar no céu e bombardear os inimigos do meu povo. Mas você envergonhou a nossa bandeira". As forças da NATO também se sentiram ofendidas com os comentários dos media sobre a situação de segurança no Afeganistão que está "piorando cada vez mais". Na verdade, a juventude afegã continua a fugir do crescente conflito do país onde o Estado Islâmico também está envolvido. Na segunda-feira, muitos afegãos denunciaram outro símbolo de violência e impunidade que é o temido senhor da guerra Faryadi Sarwar Zardad . Foi deportado da Inglaterra, depois de ter saido antecipadamente da prisão, e já se encontra em Cabul,

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Lei de Deus


O pró-Estado Islâmico (IS) Nashir Media Foundation publicou duas versões de um aplicativo do sistema operacional Android, uma em árabe e outra em inglês, para aceder aos media e comunicados produzidos pelo ISIS. A divisão de Aleppo do Estado Islâmico (IS) na Síria lançou um vídeo perturbador evocando a memória da imolação do piloto jordano Mu'adh al-Kasasibah que mostra dois indivíduos com a farda do movimento terrorista imolando-se pelo fogo. Num novo relatório fotográfico divulgado hoje, a polícia religiosa do ISIS chamada "hisbah", decapita um suposto feiticeiro de acordo com a lei da sharia. Ou a "implementação da lei de Deus na presença dos muçulmanos".

Nine Inch Nails


O novo álbum dos Nine Inch Nails com o título de Not The Actual Events será lançado ao nível físico na próxima semana. Trent Reznor, o líder da banda disse: "Queria que a música soasse de uma maneira feia e nada e amigável.

Conte, conte


Se não conseguir adormecer, talvez o sono venha com a contagem de carneiros. Perdão. De pais-natais. É um exercício chato, mas dá para vencer a espertina sem recorrer a um soporífero. Via Facebook.

Hadi Abdullah


Este ano, o prémio "Jornalista do Ano" da ONG Repórteres Sem Fronteiras foi ganho pelo sírio Hadi Abdullah, um oponente de Assad mas um grande apoiante do grupo terrorista Al Nusra que é filiado na Al-Quaeda. Os jornais franceses, incluindo o Le Monde, não referiam esse "pequeno detalhe". Na foto, em cima, está acompanhado pelo comandante daquele movimento terrorista. Claro que é mais um activista islâmico do que jornalista. Tanto assim que ficou ferido no seu apartamento de Allepo, onde explodiu uma granada, numa tentativa de assassinato.

George Michael (1963-2016)


O cantor britânico George Michael, fundador do duo Wham em 1981 que nos deu Last Christmas, faleceu no dia de Natal. Segundo o seu agente de publicidade "morreu pacificamente em casa".

Em Davos

Em Janeiro, os multimilionários, CEOs, políticos e oligarcas do mundo preparam-se para se deslocaram nos seus aviões particulares a Davos, na Suíça, onde se realiza o anual Fórum Económico Mundial. Discutem temas tão diversos como o aquecimento global devido aos gases de efeito estufa (isentos os jactos Gulfstream) e os perigos da desigualdade de riqueza de que também estão isentos. Os membros da imprensa surpreendentemente nunca fazem perguntas incómodas, ficam satisfeitos por terem acesso aos seus oligarcas favoritos. Limitam-se a fazer jornalismo promocional. Este ano, porém, as coisas vão ser um pouco diferentes porque de acordo com o Daily Mail, a reunião anual tornou-se tão popular para a elite mundial que a estância suíça está a ficar sem alojamentos. O evento de 2017 já esgotou. Como resultado, os organizadores da conferência estão tomando medidas desesperadas, colocando as pessoas em contentores de transporte nos parques de estacionamento. São esperados cerca de 11.000 visitantes, incluindo 2.500 convidados oficiais juntamente com suas comitivas e os enviados dos media.