terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Top Gun


A única top gun do Afeganistão pediu asilo político aos Estados Unidos, o que provocou uma onda de críticas no seu país. Foi acusada de traição, mas também contou com o apoio de activistas. Tudo começou quando Niloofar Rahmani, uma mulher piloto de 25 anos de idade, decidiu não voltar. Na véspera da sua partida, após um curso de treino de 15 meses com a força aérea da EUA  anunciou que não regressaria devido aos temores pela sua segurança. A jovem surgiu como um símbolo de esperança para as mulheres afegãs quando apareceu na imprensa em 2013 vestida com botas de combate, macacão de caqui e óculos de aviador. No ano passado ganhou o prémio Women of Courage do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Mas com a fama vieram as ameaças de morte e enfrentou o desprezo dos seus colegas masculinos. Numa entrevista em Cabul, disse que sempre usava uma pistola para se proteger. Algumas das críticas mais violentas sobre  a sua decisão vieram de mulheres. A foto-jornalista Maryam Khamosh escreveu no Facebook. "Às vezes eu desejava ser Niloofar para poder voar no céu e bombardear os inimigos do meu povo. Mas você envergonhou a nossa bandeira". As forças da NATO também se sentiram ofendidas com os comentários dos media sobre a situação de segurança no Afeganistão que está "piorando cada vez mais". Na verdade, a juventude afegã continua a fugir do crescente conflito do país onde o Estado Islâmico também está envolvido. Na segunda-feira, muitos afegãos denunciaram outro símbolo de violência e impunidade que é o temido senhor da guerra Faryadi Sarwar Zardad . Foi deportado da Inglaterra, depois de ter saido antecipadamente da prisão, e já se encontra em Cabul,

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