O embaixador russo Andrei Karlov foi morto a tiro em Ancara num centro de arte contemporânea por um atirador aparentemente ligado ao papel de Moscovo na guerra civil na Síria. O atirador mencionou Aleppo, a cidade síria onde os rebeldes foram derrotados este mês pelas forças do governo apoiados pelos russos. O vídeo do ataque mostra o homem vestido de fato e gravata, que disparou oito vezes, a gritar "Allahu Akbar". Os jornais turcos dizem que o indivíduo mostrou uma identificação da polícia para entrar na galeria. O ataque revela a frágil situação de segurança na Turquia, onde dezenas de agentes de segurança foram mortos nos últimos 10 dias num conflito com os curdos separatistas que se tem intensificado. Enquanto isso, o Departamento de Estado dos EUA está pedindo aos cidadãos americanos para evitarem a sua embaixada em Ancara. Ao mesmo tempo, o Conselho da Federação Russa, que qualificou o assassinato de um "acto terrorista", vai colocar a questão numa reunião do Conselho de Segurança da ONU. Parece que o atirador era mesmo um membro activo da força da polícia de choque na cidade, de acordo com o jornal Yeni Safak,. que deu as iniciais dele como MMA, sem nomeá-lo. A publicação acrescenta que o alegado assassino nasceu em 1994, em Aydin e esteve na academia de polícia em Izmir, na costa do Mar Egeu da Turquia. Numa estranha reviravolta, uma testemunha ocular da CNN Turk disse que as pessoas foram verificadas por um detector de metais para visitar exposição fotográfica com o título de Russian Through Turks Eyes, onde o embaixador russo foi baleado, o que sugere que pode ter havido coordenação.
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