sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Oliver Stone ao ataque

O cineasta Oliver Stone lamenta que o seu país viva uma profunda instabilidade. "Não somos capazes de traçar as linhas do nosso interesse nacional. Trata-se do emprego e economia, da segurança nacional ou de agir como polícias do mundo?" Critica o New York Times e o Washington Post com a sua visão estagnada de um mundo da Guerra Fria dos anos 50 em que os russos são os culpados de tudo. "Aparentemente, a CIA, o FBI, a NSA, o Director de Inteligência Nacional James Clapper (que notoriamente mentiu ao Congresso no caso de Snowden), o Presidente Obama, o DNC, Hillary Clinton e o Congresso concordam que a Rússia e Putin são responsáveis. Certamente, o psicótico senador John McCain está ao lado desses patriotas, qualificando Putin de vândalo, mentiroso e assassino. O homem que escolheu Sarah Palin como sua candidata a vice-presidente em 2008. E o New York Times publicou um artigo na primeira página, concordando claramente com o ponto de vista de McCain. Não me lembro dos presidentes Eisenhower, Nixon ou Reagan, nos dias mais sombrios dos anos 50/80, ofenderem um presidente russo como este. A invectiva era dirigida ao regime soviético, mas nunca foram Khrushchev ou Brezhnev o alvo. Acho que esta é uma nova forma da diplomacia americana". Lembra ainda que o NYT e outros meios de comunicação tradicionais têm evitado surpreendentemente qualquer evidência contrária, como a apresentada por Craig Murray, ex-embaixador e porta-voz do Wikileaks que diz que lhe foi entregue a informação num parque de Washington por um "insider" democrata que estava indignado com o comportamento do DNC. "Foi uma "fuga" e não um "hack". Sempre me pareceu a fonte provável para este escândalo, como também acho que culpar a Coreia pelo vazamento da Sony é outra falsidade. E se isso fosse investigado adequadamente, poderia muito bem levar à descoberta de que este era o momento Nixon de Hillary Clinton".
Se calhar Oliver Stone ainda faz um filme sobre esta história. Concordo com ele, quando afirma que o NYT e o Washington Post não irão publicar as dissidências das teses oficiais e portanto, "devemos nos refugiar em meios alternativos, como Consortiumnews, The Intercept, Naked Capitalism, Counterpunch, Zero Hedge, Antiwar.com ou Truthdig..." ´São as minhas fontes desde há uns meses quando comecei a perceber as tramas. E o cineasta refere ainda as famosas notícias falsas, mas as do New York Times em que "os editoriais tornaram-se diatribes ultrajantes, muitos deles presumivelmente escritos por Serge Schmemann, um desses ideólogos que ainda encontra russos debaixo da sua cama à noite". (Via Zero Hedge)

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