segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Lamber sabão

Lamento, mas não posso evitar uma irritação que me deixa à beira de um ataque de nervos. Estamos num país democrático e todos são livres de expressar a sua opinião. Os comentários dos condenados (em primeira instância ou lá o que é) até ver e dos malabarismos das aves trepadoras do sistema, sob a capa de esquerda umas vezes de Herzbolá e outras de legalistas para não ferir as susceptibilidades da gamela política onde ainda podem vir a afocinhar, são simplesmente vergonhosos. Percebo perfeitamente o empenho de Pedro Namora neste processo e se tivesse no lugar dele tinha muita raiva. Muita raiva mesmo. Não existem culpados, foi tudo um exercício de decapitação à espada. O doutor que passeava meninos da Casa Pia à vista de todos no seu bruto Ferrari é um anjo caído do céu. O diplomata que teve problemas em vários países, incluindo a Alemanha, e deixaram-no prosseguir na carreira como se nada fosse, também está limpo. A Carlos Cruz e ao seu advogado colérico punha-lhes um açaimo ou então um letreiro a dizer "calem-se, se não eu grito". As ameaças não são nunca opiniões. São palavras com peso, graves e intoleráveis. Como não suporto as justificações que se disfarçam de tolerância vou mandar esta gente lamber sabão. Do azul e branco que é mais higiénico. Hugo Marçal já se adiantou, até diz que o comeu.

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