As feministas francesas não acreditam na inocência de DSK.
Marie-George Buffet, do Partido Comunista Francês, viu na decisão da justiça americana um regresso ao tempo em que as vítimas de violação eram culpadas. "Uma péssima notícia para a mulher e para a justiça", afirmou. A psiquiatra
Muriel Salmona e a jornalista
Sandrine Goldschmid lançaram uma petição onde manifestam o apoio à emigrante africana. A mãe da escritora
Tristane Banon, alvo de uma tentativa de ataque sexual de DSK, disse à
France-Presse que se sente ultrajada. "Os socialistas repetem ufanos que ele sai limpo deste caso, mas não é verdade", sublinhou. Muitas das colegas de
Nafissatou Diallo, empregadas de limpeza do
Sofitel de Nova Iorque, contaram à revista
Newsweek as histórias dos homens que se passeavam nus nos quartos do hotel. "O caso levantou o véu de certos aspectos da sua personalidade, as suas relações com as mulheres e o dinheiro. Apesar de tudo foi vítima da sua própria imprudência" (Le Monde). Imprudência? Mas que hipocrisia. Prefiro os jornais americanos que continuam a qualificar o comportamento de DSK de "sujo e odioso".