sábado, 3 de setembro de 2011

Zelda





"I do not want to be respectable because respectable girls are not attractives". Eis uma afirmação de Zelda que se tornou um ícone do feminismo. A sua personalidade artística foi eclipsada pela fama de Scott Fitzgerald com quem manteve uma relação competitiva e atormentada. Casaram na catedral de Saint Patrick, na Quinta Avenida de Manhattan. Eram saudáveis, bonitos e divertidos. "Tinham um look fantástico, pareciam vir directamente do sol", escreveu Dorothy Parker. Acabei de ler a biografia que Nancy Milford publicou na década de 70 sobre a rapariga do Alabama que era "consumida por violentas fantasias". Resgata-a da sombra de Scott, mas a obra literária dela apagou-se com a passagem do tempo. Ficou a lenda. O casal, que está na origem do conceito de celebridade, viveu atraído pelo excesso, conheceu o sabor do êxito e do dinheiro. Apanhou com o crash de 1929. Depois veio o álcool, a decadência e a loucura. "Os Fitzgerald eram figuras fantasmáticas que surgiram numa época já desaparecida, mas o seu impacto na imaginação dos Estados Unidos permaneceu vivo", afirma Nancy Milford.

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