Eis um capitalista com o modesto desafio de ajudar a salvar o mundo. Há quem considere
Nicolas Berggruen (Paris, 1961) um activista político. Enterrou 100 milhões de dólares num instituto
thing thank que opera na Califórnia e na Europa, "um continente muito caótico". Filho de uma actriz alemã e de um coleccionador de arte, estudou nos melhores colégios suíços e formou-se em Finanças e Negócios Internacionais na Universidade de Nova Iorque. Fundou com Julio Santo Domingo o
Alpha Investiment, uma hedge found, que lhe trouxe milhões. Presidente e fundador da
Berggruen Holdings é um dos maiores accionistas da espanhola
Prisa, empresa detentora do jornal
El País que ajudou a salvar da ruína. Também teve uma participação na Media Capital, na qualidade de sócio de Pais do Amaral. Dono de uma excelente colecção de arte contemporânea, patrocina o
Los Angeles County Museum, o
MoMa de Nova Iorque e o
Berlin Berggruen Museum, fundado pelo seu pai
Heinz Berggruen que era um amigo íntimo de
Picasso.
O seu círculo de pensadores inclui figuras como Felipe González, Tony Blair, Gerhard Schroder, Rodrigo Rato, Nouriel Roubini, Eric Schmidt, Josept Stiglitz e outros prémios Nobel da Economia que apresentam ideias para salvar a zona euro. Diz que a cultura pode ajudar os países a tornarem-se melhores. Defende uma combinação dos valores ocidentais no plano da liberdade individual com a "excelência e a harmonia" dos governos orientais como Singapura. Há um ano comprou a insolvente cadeia de lojas
Karstadt por um euro. Injectou 70 milhões nesta centenária firma alemã e salvou 25.000 empregos. Agora concentrou-.se nos agricultores africanos que precisam de escoar os produtos num mercado centralizado.
Rico, giro e extravagante é um
playboy à moda antiga. Namora com actrizes de cinema e modelos, dá festas fabulosas no hotel
Chateau Marmont em Los Angeles onde vive durante metade do ano. Os restantes meses gira pelo mundo no seu avião privado. Nómada assumido, não possui casa nem carro. Já avisou que vai deixar os seus múltiplos bens para instituições de caridade. Devolve à sociedade o que dela recebeu.