sábado, 10 de dezembro de 2011

Troféus


A economia mundial está de rastos mas a elite mundial dos coleccionadores continua a comprar arte a preços estonteantes. Na feira Basel Miami Beach sentia-se "o inefável aroma do dinheiro" como dizia um crítico de uma revista nova-iorquina. Os galeristas de peso fartaram-se de facturar. Mary Boone despachou um trabalho do chinês Ai Weiwei por 575 mil dólares. Tratava-se de um gabinete com ferramentas. Mathew Marks vendeu um quadro de Ellsworth Kelly por 1,5 milhão e no stand da White Cube Gallery foi comprada uma instalação de instrumentos cirúrgicos de Damien Hirst por 2,5 milhões. Noutro registo, o mercado dos leilões vai de vento em popa. Em Nova Iorque atingiu este ano os 5,8 biliões, mais 34 por cento do que em 2010. Há compradores em lista de espera para adquirirem uma obra de Jeff Koons. Os oligarcas dos BRICS (Rússia, China, Brasil e Índia) não têm qualquer problema em desembolsar fortunas, sobretudo se as obras tiverem a assinatura de Gerhard Ritcher. "O preço do quadro é o troféu", garante o galerista suíço Ernst Beyler.

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