Incluído no movimento da
Transvanguarda ou do "regresso à pintura",
Francesco Clemente (Nápoles, 1952) foi um dos artistas mais destacados na década de 80. Mudaram as modas, os estilos e a cabeça dos curadores actualmente insuflada pelas teorias dos filósofos franceses. Sem a luz dos holofotes, mergulhou numa certa penumbra. Culto e elegante, sempre na companhia da sua bela esposa
Alba, conjugava as festas de Nova Iorque com os retiros frequentes na Índia. "Era uma criatura exótica vestido com fatos de designers", comentou
Jerry Saltz. Conheci-o num jantar em casa do
Julian Schnabel e até visitei o seu loft-atelier no SoHo. Nunca cheguei a perceber se a faceta mística que alardeava era verdadeira. Mas tinha montes de estilo, algo que a comunidade artística de Nova Iorque apreciava naquela época. "Sou um viajante da geografia e da mente. Viver na Índia e na América significa habitar os únicos lugares capazes de gerar mitos", afirmava. Os retratos das pessoas do mundo das artes com quem privou integram agora uma exposição que está na galeria
Thomas Ammann Bells, em Zurique, até 27 de Setembro.
Sem comentários:
Enviar um comentário