Henry Kissinger pediu ao Ocidente que pare de tentar infligir uma derrota esmagadora às forças russas na Ucrânia, alertando que isso teria consequências desastrosas para a estabilidade de longo prazo da Europa.“Espero que os ucranianos correspondam ao heroísmo que demonstraram com sabedoria”, alertou Kissinger a uma audiência no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Segundo Ambrose Evans-Pritchard, do The Telegraph, os comentários de Kissinger vieram em meio a sinais crescentes de que a coligação ocidental contra Vladimir Putin está se desgastando à medida que a crise alimentar e energética se aprofunda e que as sanções podem ter atingido seus limites.
O ex-secretário de Estado dos EUA e arquiteto da reaproximação da Guerra Fria entre os EUA e a China disse à reunião de elites que seria fatal para o Ocidente se deixar levar pelo clima do momento e esquecer o lugar adequado da Rússia no equilíbrio de poder europeu. “As negociações precisam começar nos próximos dois meses antes que criem reviravoltas e tensões que não serão facilmente superadas. "Idealmente, a linha divisória deve ser um retorno ao status quo anterior. Significa "como as coisas eram antes", implicando que a Ucrânia deveria aceitar um acordo de paz para restaurar a situação em 24 de fevereiro, onde a Rússia controlava formalmente a península da Crimeia e parte controlada informalmente da região de Donetsk.