quinta-feira, 14 de julho de 2022

Schiaparelli: a surrealista



 Schiaparelli: Alta-Costura,  Outono/Inverno 2022. A Semana de Moda de Alta-Costura arrancou com o regresso da Schiaparelli aos desfiles presenciais, dois anos após ter apresentado as suas coleções em formato digital. E foi um momento triunfal, daqueles que têm grande chance de entrar na história. Daniel Roseberry , o jovem estilista americano da marca, não dá ponto sem nó e a cada coleção eleva o seu próprio pulso criativo, desta vez deixou as proporções desmedidas por silhuetas mais delineadas e justas ao corpo, com um paleta de cores que se restringiu ao preto, dourado e branco. 

Visionária, inovadora, ousada e surrealista, a estilista italiana radicada em Paris é muito mais do que apenas a rival de Coco Chanel. Em 1916, com o marido, mudou-se para Nova Iorque. No navio que os levou para os Estados Unidos, Elsa ficou amiga de Gabrièle Picabia, esposa do pintor dadaísta Francis Picabia, que a apresentou a artistas importantes como como Man Ray  e Marcel Duchamp. Em 1922, já divorciada, voltou para a Europa. Fixada em Paris, durante o dia ela trabalhava num antiquário, e à noite, frequentava os mesmos bares e restaurantes que reuniam artistas e boêmios. Ela tinha 32 anos, e foi só aí, que ela e a moda se encontraram. Ela foi ao ateliê de Paul Poiret, grande estilista da época, acompanhar uma amiga. Já que estava lá, experimentou alguns vestidos. Poiret ficou encantado com o estilo peculiar de Elsa, e sugeriu que ela levasse emprestadas algumas peças, quando quisesse. Foi aí que conheceu de perto a alta-costura, o que a levou a começar a desenhar roupas.

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