Jeffrey Sachs, um economista e intelectual americano escreveu um artigo muito sensato no
Economist. "Não é provável que a Rússia ou a Ucrânia alcancem uma vitória militar decisiva na guerra em curso: ambos os lados têm espaço considerável para uma escalada mortal. A Ucrânia e seus aliados ocidentais têm poucas chances de expulsar a Rússia da Crimeia e da região de Donbass, enquanto a Rússia tem poucas chances de forçar a Ucrânia a se render. Como observou
Joe Biden em Outubro, a espiral de escalada marca a primeira ameaça direta de “Armagedom nuclear” desde a crise dos mísseis cubanos há 60 anos. O resto do mundo também sofre, embora não na escala do campo de batalha. A Europa provavelmente está em recessão. As economias em desenvolvimento lutam contra o aumento da fome e da pobreza. Fabricantes de armas americanos e grandes empresas petrolíferas colhem lucros inesperados, mesmo quando a economia americana em geral piora. O mundo enfrenta incertezas elevadas, cadeias de suprimentos interrompidas e riscos terríveis de escalada nuclear....
Estes países neutros são importantes jogadores na economia global. Segundo as estimativas de PIBs do FMI com paridade de poder de compra, o produto combinado da Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia e Africa do Sul em 2022 (US$ 51,7 triliões, ou quase 32% do produto mundial) foi maior do que este das nações do G7 juntas — EUA, Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão. As economias emergentes também são cruciais para a governança econômica global e ocuparão a presidência do G20 por quatro anos consecutivos, bem como posições de liderança em importantes corpos regionais. Nem a Rússia, nem a Ucrânia querem desperdiçar as relações com estes países, o que os torna importantes garantidores da paz".
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