quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

As narrativas de Kiluanji


 Esta frase explica tudo: " A acumulação de riqueza, que permite o nascimento do mundo moderno, foi feita nos ombros de mulheres e homens escravizados.” Foi dita pelo artista angolano Kiluanji Kia Henda, nascido em 1979, Luanda. Utiliza um surpreendente sentido de humor no seu trabalho, que muitas vezes aborda temas de identidade, política e percepções do pós-colonialismo e do modernismo em África. Atuando nas áreas de fotografia, vídeo, cinema e performance, Kia Henda vinculou a sua abordagem multidisciplinar a um aguçado sentido de criticidade. Cresceu  numa família de entusiastas da fotografia. Além disso, a sua atitude conceptual foi estimulada pela imersão na música, no teatro de vanguarda e pela colaboração com um coletivo de artistas emergentes na cena artística de Luanda. Em cumplicidade com o legado histórico, Kia Henda concretiza o processo de apropriação e manipulação de espaços e estruturas públicas, e das diferentes representações. Ficção e desconstrução, ironia.
Em 2012, recebeu o Prêmio Nacional de Cultura e Arte do Ministério da Cultura de Angola; em 2014 foi selecionado entre 100 Leading Global Thinkers pela prestigiada revista norte-americana Foreign Politics e, em 2017, ganhou o Frieze Artist Award. Expôs nas bienais de Veneza, Dakar e São Paulo. O seu trabalho encontra-se presente em diversas coleções públicas e privadas, tais como Museum of Modern Art, Warwaw, Poland; Tate Modern, Collection of Contemporary Art, London, England; Fondazione di Venezia, Public Collection, Venice, African Collection of Contemporary Art, Luanda, Angola, entre outras.

Vai representar Angola na próxima Bienal de Veneza.

Bob Marley: one love





Vi o filme “Bob Marley: One Love”, uma tentativa um tanto superficial de ser uma retrospectiva do compromisso político do cantor que denunciou o passado colonial e escravista da sua ilha, a Jamaica.  Robert Nesta Marley (1945-1981) foi um dos músicos mais talentosos e atraentes da década de 1970. Este notável cantor e compositor fez muito para popularizar e desenvolver o reggae, levando-o em novas direções para um público global. Ele era uma estrela da música popular numa época em que isso ainda significava algo substancial para as massas populares.

Bob Marley cantou uma música que hoje é lendária. Neste texto, ele denuncia o racismo e a opressão sofridos pelas comunidades afrodescendentes na Jamaica. Para compreender porque é que o artista cantou estas palavras, temos de recuar ao passado escravagista da Jamaica, que foi colonizada pela Espanha e depois pelo Reino Unido durante vários séculos, antes de obter a sua independência em 1962. Comprometido com os direitos humanos, a liberdade e a reconciliação entre os povos, Bob Marley sempre afirmou ser politicamente neutro. O Reggae expressou oposição à repressão numa forma espiritual que acorrentou e limitou até mesmo os seus melhores expoentes, como Marley.

O filme agradou-me porque mostra as condições reais em que viviam os membros da banda e suas famílias, ainda preocupados em colocar comida na boca de todos. Muitas das imagens também são excelentes, apresentando uma visão íntima do interior da Jamaica, juntamente com a passagem da banda por Londres. Após sua morte em 1981, o artista permaneceu na posteridade como a personificação de um estilo de vida alternativo e libertário. 

 Lee Jaffe, um artista visual americano, fotógrafo e também músico, aplicou efeitos digitais de coloração e suavização a muitas das imagens estáticas do vídeo, e estas continuam onde sua prosa termina, sugerindo efetivamente a alteração da consciência essencial à música dos Wailers e à sua mensagem. Particularmente memorável é uma série em que Marley levanta um de seus filhos para o brilho desbotado do sol da ilha; uma imagem que mostra apenas a criança, alegre e olhando para a luz que vem de cima. O músico multidisciplinar Lee Jaffe passou um tempo trabalhando ao lado dos lendários Bob Marley e The Wailers enquanto eles embarcavam em sua primeira turnê norte-americana. 


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Fantasia perigosa

Elon Musk disse que a Rússia não pode ser derrotada na Ucrânia. O melhor é bloquear o envio de apoio militar e económico. De facto, a Ucrânia admitiu que a Rússia está avançando em todas as frentes. Fernando Moragon, especialista em geopolítica, disse que vai ser uma derrota histórica e que a NATO não dura mais que um ano. A Europa tenta tapar a crise com uma economia de guerra. Acabem com a fantasias.

Donna Karan




A grife DKNY apresenta a supermodelo e atriz Kaia Gerber, filha da atriz Cindy Crawford como o novo rosto de sua campanha Primavera 2024, capturando a essência do icônico estilo americano com um toque distinto de Nova Iorque. Nesta temporada, a DKNY revitaliza a sua essência com um foco na redefinição dos elementos de design tradicionais para o público contemporâneo, apresentando uma visão renovada através da sua coleção sofisticada.

Revistas






 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Joe Biden


 O presidente dos EUA, Joe Biden, cujo governo financia abertamente Israel e seu massacre contra os palestinos, foi detonado nas redes ao postar uma imagem com raio lasers em seus olhos, no mesmo momento em que o massacre em Rafah ocorria. Chamaram-lhe genocida.

Concordância total


" Na semana passada, PS, PSD, IL, BE, PAN e Livre votaram a favor de um Projeto de Resolução com vista ao reconhecimento da Palestina. Ou nem por isso. A fidelidade canina de Rui Tavares à UE e a uma esquerda não-marxista, seja isso o que for, significou um recuo naquilo que deveria ser o reconhecimento imediato do Estado da Palestina pelo Parlamento. A embaixada israelita em Portugal, com quem Rui Tavares participou numa photo-op não há muitos dias, terá ficado grata". (Manifesto 74)

Sympathy for de Devil


O homem do Mississippi que destruiu uma estátua erguida pelo Templo Satânico de Iowa, no Capitólio do estado, no ano passado, enfrenta anos de prisão após ser acusado de um crime de ódio. O veterano da Marinha Michael Cassidy foi acusado de dano criminal de terceiro grau. Um crime punível até cinco anos de prisão e 10.245 dólares em multas. 

Gonçalo Preto


Com o título de "A Cadência de uma Chama", a mostra do artista Gonçalo Preto em exibição na galeria Madragoa pode ser visitada até 9 de Março. Confesso que prefiro as suas propostas anteriores com acento no preto que se adaptam de imediato ao valor de um olhar. Agora eu diria que sobre o azul os signos se contemplam, num denso artificio que anula as metáforas contidas nas imagens. Vejo a metáfora como a função primária da mente. Há sem duvida uma trama estética, uma estética da melancolia que parte de uma radiografia dentária. A fluidez da pintura deste artista conjura as formulações do desejo. Do corpo transfigurado em formas. Da carne, da matéria, de um combustível que acende a o fogo. Citando Samuel Becket:"Aí onde encontramos em sincronia a obscuridade e a luz encontramos também o inexplicável" . Mas talvez a virtuosidade da pintura de Gonçalo Preto se imponha contra o excesso que se entranhou na arte atual. Ou das duas uma: seja apenas um série de sinal aberto ou um projecto acrobático que implica o lançamento do artista no vazio. 

Zonamaco



 



Magritte


 L'ami intime de René Magritte , será oferecido no leilão da Christie’s The Art of the Surreal, em Londres, em Março deste ano. Com uma estimativa de 64 milhões de libras, a peça não está à venda desde 1980. O artista belga questiona os limites da representação das imagens.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

sábado, 10 de fevereiro de 2024

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Chloé Sevigny

Chloë Sevigny, modelo e artistas americana, usa vestido de lã vermelho da FENDI numa reportagem da Vogue France. Ícone da moda,  também é uma atriz exigente que trabalhou com os mais ousados ​​diretores internacionais: o francês Assayas (Espionagem na Rede), o dinamarquês Lars von Trier (Dogville), ou com o músico e director do cinema independente Vincent Gallo. E ainda participou no filme de Woody Allen (Melinda e Melinda). E em 1922 foi uma personagem de Ossos e Tudo, um filme de Luca Guargdino.

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