Esta frase explica tudo: " A acumulação de riqueza, que permite o nascimento do mundo moderno, foi feita nos ombros de mulheres e homens escravizados.” Foi dita pelo artista angolano Kiluanji Kia Henda, nascido em 1979, Luanda. Utiliza um surpreendente sentido de humor no seu trabalho, que muitas vezes aborda temas de identidade, política e percepções do pós-colonialismo e do modernismo em África. Atuando nas áreas de fotografia, vídeo, cinema e performance, Kia Henda vinculou a sua abordagem multidisciplinar a um aguçado sentido de criticidade. Cresceu numa família de entusiastas da fotografia. Além disso, a sua atitude conceptual foi estimulada pela imersão na música, no teatro de vanguarda e pela colaboração com um coletivo de artistas emergentes na cena artística de Luanda. Em cumplicidade com o legado histórico, Kia Henda concretiza o processo de apropriação e manipulação de espaços e estruturas públicas, e das diferentes representações. Ficção e desconstrução, ironia.
Em 2012, recebeu o Prêmio Nacional de Cultura e Arte do Ministério da Cultura de Angola; em 2014 foi selecionado entre 100 Leading Global Thinkers pela prestigiada revista norte-americana Foreign Politics e, em 2017, ganhou o Frieze Artist Award. Expôs nas bienais de Veneza, Dakar e São Paulo. O seu trabalho encontra-se presente em diversas coleções públicas e privadas, tais como Museum of Modern Art, Warwaw, Poland; Tate Modern, Collection of Contemporary Art, London, England; Fondazione di Venezia, Public Collection, Venice, African Collection of Contemporary Art, Luanda, Angola, entre outras.
Vai representar Angola na próxima Bienal de Veneza.
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