Conheci o Vik Muniz em meados da década de 90 em Nova Iorque, cidade onde vive desde 1983. É um tipo fantástico que recebe os amigos calorosamente no seu estúdio de Brooklyn. Apesar de se considerar um artista americano, não se distanciou do Brasil onde nasceu. Vem de uma família humilde e carenciada. Em 2008 criou uma série de fotografias monumentais a partir de resíduos do lixo, contando com a colaboração dos "catadores" do Jardim Gramacho que é uma das maiores lixeiras do mundo. Tião Santos, presidente da Associação desses sobreviventes com vidas abaixo do humano, surge aqui retratado "as Marat" e também entra no documentário Waste Land realizado por Vik Muniz e Lucy Walker que foi exibido no Festival de Berlim. Numa entrevista ao New York Times, o brasileiro que já alcançou um patamar elevado na sua carreira, afirmou: "cresci pobre e agora quero devolver alguma coisa do que conquistei". Além do dinheiro doado para fins sociais, dá aulas de fotografia a 21 jovens da zona portuária carioca. Trata-se de um projecto financiado pela Louis Vuitton para a qual reinventou o tradicional e centenário logótipo da marca, introduzindo nas letras LV as caras sorridentes dessa rapaziada da periferia.
adios amigos
Há 9 anos
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