Gosto imenso da atmosfera dos filmes de
David Fincher. Nesta última obra baseada na
Millennium Triology do sueco
Stieg Larsson, o realizador americano consegue aprofundar com o seu olhar frio e analítico, uma certa noção do
mal que sempre lhe interessou explorar. A composição da personagem
Lisbeth Salander, uma enigmática hacker punk no papel de heroína, é impressionante. A banda sonora de
Trent Reznor e
Atticus Ross tem um poderoso efeito enervante, contribuindo para acentuar o ambiente opressivo daquelas paisagens cinzentas e gélidas. Dos labirintos interiores de uma família de industriais nazis, alcoólicos e assassinos. Dos enredos políticos e financeiros. A Suécia não é o país das instituições impolutas que aparenta ser. Fincher capta o
mal que se esconde no interior das casas de design minimalista, nos gabinetes dos funcionários da Segurança Social e nas profundezas das almas dos homens que odeiam as mulheres.
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