Chama-se
Florbela e, apesar de viver no meio dos livros, não se dedica às artes poéticas. Prefere dormitar com um olho aberto e outro fechado, sempre atenta a qualquer movimento indesejável. De vez em quando estica as pernas e vai até à porta espreitar a rua. Mimada, tem carta branca. É arisca e manhosa, só pede festinhas quando está para aí virada. Mas também dá umas mordidelas e sapatadas com as unhas de fora à laia de aviso, como se quisesse dizer "não abusem" porque eu sou um animal feroz. Até arranho mais do que o engenheiro
Félix, um gato irrascível e pantomineiro. De vez em quando desaparece, esconde-se nas estantes para dormir uma soneca tranquila. É muito dona do seu nariz e também manda na
livraria 107 das Caldas Rainha. A patroa Isabel deixa.
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