quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dino Alves

Ponto final na minha reportagem sobre as colecções para a Primavera-Verão 2011 apresentadas na ModaLisboa que inaugurou com os mandarins da cidade na primeira fila. António Costa, acompanhado dos escudeiros Sá Fernandes e Manuel Salgado, deu entrevistas às revistas cor-de-rosa. Caçadora de impressões fugazes, no vertiginoso tráfico das tendências dentro do possível seleccionei. A maioria das peças varreram-se da memória como folhas secas empurradas pelo vento. Dino Alves inspirou-se numa "identidade" que transpareceu, sobretudo no registo dos acertos evidenciados na construção das peças. Menos audácia, mais astúcia e delicadeza na combinação das cores. Atrás do título ID esconde-se uma tentativa de renovação metodológica disciplinar. Talvez a noção do espírito da época que, por necessidade, se tornou mais comedida nas exibições. Lá fora do recinto, a crise insidiosa propaga-se como uma peste. É bom não esquecer.

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