quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Imagética dos tontos


Numa demonstração de gabarolice tipicamente portuguesa, este grunho do Partido Socialista onde parece ter ido parar toda a caca sem caco deste desgraçado país fez voz grossa e ameaçou por as pernas dos banqueiros alemães a tremer. A Merkel ficou logo arrepiada de medo. Um pobre diabo de Aveiro, representante do pior que existe nesta choldra, que acrescentou: "ou os senhores se põem finos ou não pagamos a dívida". Claro, somos uma grande potência e a troika não está de olho em nós. Francamente faz dó. Depois lá veio o Zorrinho dizer que se tratava de imagética. Poupem-nos...

1 comentário:

Freire de Andrade disse...

Muito bem.
Como escrevi no meu blog (Será que os anjos têm sexo?):
«Pior do que Sócrates, só o seu discípulo Pedro Nuno Santos. Sócrates disse que as dívidas não são para serem pagas, são "por definição" eternas, são para serem geridas. Só é pena que não tenha sabido geri-las quando chefiou o Governo, a não ser que considere que gerir é engordá-las até serem ingeríveis. Posteriormente veio explicar que queria dizer que não são para serem pagas imediatamente e na totalidade. Queria dizer, mas não tinha dito. Mas Nuno Santos refinou o raciocínio: A dívida é uma arma, mas não para o credor: é a bomba atómica do devedor. Pode-se fazer bluff com a dívida ameaçando não pagar até tremerem as pernas dos banqueiros credores e ficaram finos. Só os políticos que nunca jogaram poker é que não compreendem isto... Eu, que não sou político e nunca joguei poker, o pouco que sei desse jogo é suficiente para compreender que se o adversário conhece que cartas temos na mão o bluff torna-se impossível; e os nossos credores conhecem bem a nossa situação e, se nós ameaçarmos não pagar, sabem que não podemos cumprir a ameaça porque precisamos que nos emprestem mais. Se eu tiver um crédito num banco e for lá ameaçar que não pago, não vale a pena pedir mais dinheiro emprestado. Aliás, ao contrário do que o ilustre deputado pensa, os bancos alemães e franceses não nos puseram condições duras quando nos emprestaram dinheiro: limitaram-se a comprar os nossos títulos de dívida em leilão ou no mercado secundário nas condições que o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público determinou. Como disse Miguel Beleza, o episódio só mereceria ser ignorado, tal a incompetência e ignorância que demonstra, não fosse o deputado vice-presidente da bancada do maior partido da oposição, partido que, enquanto suporte do governo anterior, negociou o memorando que, esse sim, nos obriga a medidas duras, mas nos obriga e nos dá condições e tempo para pagarmos as nossas dívidas. O melhor comentário sobre o assunto é o do blog With Bubbles.»