Depois do concerto que deram há dias em Las Vegas, os
New Order vão regressar no Verão aos Estados Unidos. O grupo mítico volta à estrada depois de amargas e abruptas despedidas. A viagem da banda inglesa dura há 33 anos, dez mais do que tinha
Ian Curtis quando se suicidou com a corda de estender a roupa depois de ver o filme
Stroszec do cineasta
Werner Herzog onde um ex-presidiário, obcecado com o disco
The Idiot de
Iggy Pop, sonha abandonar a Alemanha e partir para a América. Em Manchester,
Tony Wilson (1950-2007) fundou o clube
The Hacienda com a participação dos
New Order, que integrava antigos membros de
Joy Division, e abriu também a editora independente
Factory Records. Ali, como sublinhou o americano
Greil Marcus, unia-se o dadaismo com o punk e a Internacional Situacionista. De resto, o nome Hacienda vem da utopia urbanística de
Guy Debord que viria também a suicidar-se em 1994 e de
Chcheglov que foi internado num manicómio pela sua mulher. Em 1989, a banda
New Order publicou
Tecnique, um dos seus melhores álbuns que foi gravado em Ibiza. Traçaram um caminho que desde as trevas, sem renunciar aos tons escuros, se aproximaram da luz. Aos focos das discotecas. Já não são depressivos, prefiro-os assim.
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