Sou apaixonada por
Raymond Pettibon. Sim, é um dos meus ídolos. Gosto do seu trabalho, da sua atitude, da maneira como metabolizou a cultura contemporânea. O artista inaugurou ontem uma exposição com o título de
Are Your Motives Pures?: Surfers 1985-2013 na galeria
Venus Over Manhattan que reúne 40 pinturas de pequeno formato e outras com uma dimensão de 10 metros. A sua obra nasceu das histórias aos quadradinhos, da estética "do-it-yourself," das capas dos álbuns da música punk rock, dos folhetos de concertos e fanzines. O artista criou um vocabulário de símbolos que reaparecem consistentemente. Jogadores de basebol, raposas, lâmpadas, comboios, personagens de desenho animado como
Gumby ou o assassino
Charles Manson. Mas uma das revelações mais poéticas e simbólicas de Pettibon é o surfista solitário desafiando uma onda gigantesca, uma imponente parede de água azul. Alguns críticos associam a figura lírica do surfista, um ícone americano, ao herói existencialista da contra-cultura que talvez seja uma representação do artista que, apesar de viver em Venice (Califórnia), não é surfista.
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