Foi marcada uma jornada do
Dia da Cólera contra
Manuel Valls, "um personagem sinistro que cristaliza a sua ira contra todos os adversários". As manifestações devem ocorrer no próximo fim de semana em várias cidades da França.
Beatrice Bourges, fundadora do movimento "Primavera Francesa", afirma que a nomeação de
Manuel Valls "é um passo para a ditadura". Os radicais de esquerda e de direita concordam que se trata de "uma notícia muito má para a democracia". O controverso
Dieudonné também prometeu colocar no
You Toube uma reacção contra o agora nomeado chefe do governo.
Gabriac Alexander, líder do Movimento Nacional da Juventude que
Manuel Valls dissolveu em Julho de 2013, acredita que a escolha de
François Hollande só pode ser "uma piada do dia 1 de Abril". Há, por outro lado, quem ache que Valls ter aceite o cargo sob a presidência do actual inquilino do Eliseu é um suicídio político. Mas as classes trabalhadoras adoram-no, devido às posições duras que tomou quando era ministro do Interior. "Temos de mudar ou morremos", disse em 1999 referindo-se ao sistema estaticista da França. Fã confesso de
Tony Blair e de
Clinton defende uma social-democracia ao estilo alemão e escandinavo, apoiada na "responsabilidade individual e no realismo económico". Entre os intelectuais franceses há um certo cepticismo quanto à capacidade dele gerir uma reforma. Francamente, acho que não existem salvadores. Se as mentalidades, tanto em França como em Portugal (países de balofos a cheirar a naftalina) não mudarem, as crises não desaparecem.
Sem comentários:
Enviar um comentário