A artista plástica e activista
Tania Bruguera foi detida pelas autoridades cubanas que a impediram de apresentar ontem uma performance na Plaza de la Revolución, em Havana. Era uma versão do que já tinha feito no Museu
Guggenheim de Nova Iorque. No palco, um microfone aberto a qualquer pessoa que quisesse expressar os seus pensamentos. Sem censura. "A ideia é falar e discutir pacificamente sobre o que nos diz respeito e dar a conhecer aos outros as nossas razões numa atmosfera de tolerância e respeito. Não temos qualquer tipo de agenda nem sequer nenhuma ideologia em particular. Gostaria que o povo saísse para comemorar não o fim do bloqueio, mas o início dos nossos direitos civis", escreveu a artista no convite de divulgação do evento com o título de
YoTambiénExijo. Antes da intervenção da polícia política, a artista naturalizada americana reuniu-se com os membros do Conselho Nacional de Cuba de Belas Artes (NCFA) que tentou convencê-la a mudar o evento para uma instituição cultural, limitar a duração do desempenho a 90 minutos e permitir que o local cobrasse os ingressos. Ela recusou e a NCFA declarou que o projecto implicava "uma extensa cobertura dos medias e a manipulação das forças da contra-revolução".
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