quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Penny Arcade

"Nova Iorque deixou de ser Sin City, a cidade do pecado. Já não é a Big Apple, tornou-se um Big  Cupcake. Uma daquelas invenções burguesas frívolas sem qualquer substância real", disse a artista performativa Penny Arcade que esteve recentemente no Joe Pub com o espectáculo Longing Last Longer. É um manifesto contra a arte tecnocrática destituída de criatividade que se pratica actualmente. Algo sem alma, uma fórmula cansativa. A vanguarda e o underground desapareceram de Nova Iorque. A cena outrora radical foi invadida por valores da classe média. "Agora o financiamento da arte está inundado de artistas emergentes formados a partir de programas universitários que se candidatam a bolsas e residências. Eles são ensinados a fazer isso". Escritora, directora e actriz, Penny Arcade (1950) critica ainda a situação de pobreza visível nas ruas dos países ricos. Muito pior do que acontecia nos anos 80. "Somos governados pelos media. As empresas farmacêuticas e de alimentos tornaram-se tão poderosas e opacas como o sector bancário".

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