A Amnistia Internacional emitiu um apelo urgente para a libertação do graffiter e performer
Danilo Machado Maldonado, também conhecido como
El Sexto. "Esta detenção mostra que, apesar de
Raul Castro acenar com a sua histórica visita aos Estados Unidos, as coisas nada mudaram em Cuba. As pessoas continuam a ser presas unicamente por exercerem pacificamente o seu direito à liberdade de expressão", sublinhou a vice-directora dos direitos humanos
Carolina Jiménez. O artista foi detido em 25 de Dezembro de 2014. Tinha pintado com spray os nomes de Raul e Fidel nas laterais de dois porcos que ia utilizar numa performance prevista para o dia seguinte. A ideia era libertar os animais no Parque Central de Havana, recriando um jogo rural infantil em que as crianças tentam agarrar os porcos à unha. Depois de passar por duas cadeias, foi transferido para
Valle Grande Prison que é uma prisão de segurança máxima onde ainda se encontra. Sem ganhar o clamor global, como sucedeu com
Tania Bruguera, tem atraído a atenção de alguns pesos pesados do mundo nova-iorquino da artes, incluindo o comissário dos assuntos culturais
Tom Finkelpearl e os directores e curadores do MoMa e do Museu de Queens.
El Sexto foi agraciado em Maio com o
Prémio Vaclav Havel 2015 da Fundação dos Direitos Humanos sediada em Nova Iorque. Maldonado começou em 8 de Setembro uma greve da fome que terminou ontem. Também escreveu uma carta aberta ao
Papa, antes da visita a Cuba, pedindo a sua intervenção. Sem resposta. O bom do Francisco calou-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário